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A mudança do clima não é uma ameaça distante, mas uma realidade que já afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O ano de 2024 registrou um triste marco na história: foi o mais quente já documentado. Pela primeira vez, a temperatura média global subiu 1,6ºC em relação aos níveis pré-industriais, superando o limite seguro para o equilíbrio climático do planeta. O que isso significa na prática? Eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, secas intensas, tempestades devastadoras, perda acelerada da biodiversidade e impactos severos na segurança alimentar e hídrica.

Governos, empresas e a sociedade têm um papel fundamental na mitigação desses impactos, promovendo a transição para uma economia de baixo carbono, investindo em infraestrutura sustentável e protegendo os ecossistemas naturais.

Mas, afinal, o que está impulsionando a mudança do clima? E quais são as consequências desse fenômeno? 

A seguir, vamos entender as principais causas e efeitos do aquecimento global, com base nos dados da ONU.

Acompanhe!

O que está causando a Mudança do Clima?

O acúmulo de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera causa uma maior retenção do calor do sol, criando um efeito semelhante ao de uma estufa. Essa maior retenção causa uma série de consequências nos sistemas naturais da terra, inclusive causando o aquecimento global (elevando as temperaturas médias da Terra), além de outras consequências.

As atividades humanas intensificaram esse fenômeno de aumento da concentração de gases de efeito estufa, especialmente com a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. 

As principais fontes de emissões de GEE incluem:

Geração de energia

A queima de carvão, petróleo e gás natural para geração de eletricidade e calor é uma das maiores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa. Apesar do crescimento das energias renováveis, como solar e eólica, a maioria da energia gerada mundialmente ainda é oriunda de fontes de combustíveis fósseis.

Indústria e manufatura

A produção de cimento, ferro, aço, plásticos, eletrônicos e outros materiais exige altos volumes de energia, geralmente proveniente de combustíveis fósseis. Além disso, a mineração e os processos industriais liberam gases prejudiciais à atmosfera.

Desmatamento

As florestas desempenham um papel essencial na absorção de CO₂, ajudando a equilibrar o balanço do carbono na atmosfera. No entanto, milhões de hectares de florestas são destruídos anualmente para abrir espaço para a agropecuária e a urbanização, liberando grandes quantidades de carbono armazenado nas árvores.

Transporte

Carros, caminhões, navios e aviões dependem, em sua maioria, de combustíveis fósseis. O setor de transporte responde por cerca de um quarto das emissões globais de CO₂, com as emissões de aviação e transporte marítimo crescendo significativamente nos últimos anos.

Produção de alimentos

A agropecuária emite CO₂, metano e outros gases do efeito estufa de várias formas: desmatamento para pastagens, fermentação entérica do gado, uso de fertilizantes químicos e combustíveis fósseis em equipamentos agrícolas e transporte de alimentos.

Edifícios e consumo de energia

Prédios comerciais e residenciais consomem mais da metade da eletricidade mundial. A demanda crescente por aquecimento, resfriamento e iluminação intensifica as emissões, principalmente quando a matriz energética ainda depende de combustíveis fósseis.

Consumo excessivo

Os estilos de vida da sociedade moderna contribuem significativamente para as emissões. O consumo desenfreado de eletrônicos, roupas, plásticos e outros produtos eleva a demanda por produção industrial, transporte e descarte inadequado de resíduos.

Os impactos do Aquecimento Global no planeta

O aumento das temperaturas ao longo do tempo está alterando os padrões climáticos e ameaçando os ecossistemas. 

O impacto já é visível em várias áreas:

Temperaturas mais altas

Desde os anos 1980, cada década tem sido mais quente do que a anterior. O calor extremo aumenta a incidência de doenças relacionadas ao calor, prejudica a produção agrícola e intensifica incêndios florestais. O Ártico, por exemplo, aquece duas vezes mais rápido do que a média global.

Tempestades mais intensas

Com temperaturas mais altas, a atmosfera retém mais umidade, resultando em chuvas extremas e tempestades tropicais mais destrutivas. Ciclones, furacões e tufões são alimentados pelo aquecimento dos oceanos, causando grandes prejuízos humanos e econômicos.

Aumento da seca

Regiões que já sofrem com escassez de água enfrentam secas cada vez mais severas, afetando a produção agrícola, a biodiversidade e o abastecimento humano. O crescimento dos desertos está reduzindo a disponibilidade de terras cultiváveis.

Oceanos mais quentes e elevação do nível do mar

Os oceanos absorvem a maior parte do calor do aquecimento global. Isso não apenas expande o volume da água, contribuindo para o aumento do nível do mar, como também ameaça recifes de corais e espécies marinhas. O derretimento de calotas polares acelera ainda mais esse processo.

Perda de biodiversidade

Com as mudanças na temperatura e no clima, muitas espécies enfrentam dificuldades para sobreviver. Um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção devido às mudanças climáticas e à degradação ambiental.

Segurança alimentar em risco

A produção de alimentos é severamente afetada pelo aquecimento global. As mudanças no regime de chuvas, as secas prolongadas e a degradação do solo reduzem a produtividade agrícola, comprometendo a segurança alimentar mundial.

Leia também: Agricultura Sustentável: Segurança Alimentar e Resiliência Ambiental!

Ameaças à saúde humana

As mudanças climáticas são uma das maiores ameaças à saúde da humanidade. Seus impactos já prejudicam a qualidade de vida, aumentando a poluição do ar, agravando doenças, intensificando eventos climáticos extremos e forçando deslocamentos populacionais. Além disso, a insegurança alimentar e hídrica está se agravando, afetando milhões de pessoas. De acordo com a ONU, fatores ambientais tiram a vida de cerca de 13 milhões de pessoas por ano, tornando essencial a adoção de medidas para mitigar esses riscos e fortalecer os sistemas de saúde

Pobreza e deslocamento forçado

Inundações, secas e desastres naturais forçam milhões de pessoas a abandonar suas casas todos os anos. Nos últimos anos, eventos climáticos extremos deslocaram cerca de 23 milhões de pessoas anualmente, aumentando a vulnerabilidade socioeconômica.

Como podemos mitigar os efeitos da Mudança do Clima? 

O combate ao aquecimento global exige ação imediata e coordenada entre governos, empresas e sociedade civil. 

Algumas das principais soluções incluem:

  • Investimento em energia renovável (solar, eólica, hidrelétrica) para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. 
  • Transição para transportes sustentáveis, como veículos elétricos e transporte público eficiente. 
  • Proteção e restauração de ecossistemas naturais, como florestas e manguezais, para absorção de CO₂. 
  • Uso eficiente de recursos em edificações, com tecnologias de economia de energia e certificações ambientais, como o LEED
  • Mudanças no consumo e na produção de alimentos, reduzindo o desperdício e incentivando práticas agrícolas sustentáveis.

Ciência e inovação: Estudos publicados na Nature sobre Florestas tropicais e Mudanças Climáticas

A pesquisa científica tem um papel fundamental na compreensão dos impactos das mudanças do clima e no desenvolvimento de estratégias eficazes para mitigação e adaptação. 

O diretor do Grupo MYR, Dr. Thiago Metzker, é co autor de dois estudos inovadores publicados na Nature, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo, trazendo novas perspectivas sobre a resiliência das florestas tropicais diante das mudanças ambientais.

“Variação de Traços Funcionais do Dossel das Florestas Tropicais da Terra” 

O artigo analisa mais de 1.800 parcelas de vegetação nas florestas tropicais das Américas, África e Ásia, correlacionando características das árvores com fatores climáticos, topográficos e de solo. 

Os resultados revelam que as florestas dessas regiões apresentam distribuições distintas de traços funcionais, impactando diretamente sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas. Essas informações são essenciais para estratégias de conservação mais eficazes e específicas para cada ambiente. Clique aqui e leia o artigo completo na Nature.

“Variação na Densidade da Madeira nas Florestas Tropicais da América do Sul” 

O estudo propõe uma nova abordagem para compreender a distribuição da densidade da madeira nas florestas sul-americanas, um fator essencial para aprimorar estimativas de biomassa e estoques de carbono. 

A pesquisa analisa dados de diversas regiões florestais do globo e relaciona a densidade da madeira a fatores ambientais, ajudando a refinar metodologias para mapeamento e monitoramento desses ecossistemas. Clique aqui e confira o artigo na íntegra!  

Essas pesquisas reforçam o compromisso do Grupo MYR,em integrar ciência e inovação para embasar soluções ambientais, contribuindo para a tomada de decisões mais estratégicas e eficazes na luta contra o aquecimento global.

O compromisso do Grupo MYR com a agenda climática internacional e local 

No Grupo MYR, estamos comprometidos com estratégias que impulsionam a adaptação climática, a redução de emissões e a transição para uma economia sustentável. 

Apoiamos empresas e cidades na implementação de projetos alinhados às melhores práticas ambientais e soluções ESG, sempre embasados em conhecimento técnico de ponta e inovação.

Quer saber mais? Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar sua empresa ou cidade a implementar ações concretas e eficazes para a sustentabilidade.

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