A discussão sobre emissões de carbono ganhou ainda mais relevância com a regulamentação do mercado de carbono no Brasil. E para as locadoras de veículos, o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), ou Inventário de GEE, já não é apenas uma questão de responsabilidade socioambiental, mas um fator estratégico que pode impactar diretamente sua posição no mercado.
A sanção da Lei nº 15.042, em dezembro de 2024, que instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), estabelece diretrizes que podem impactar o setor de transportes, que, tradicionalmente, tem grandes desafio em termos de emissões de GEEs.
Empresas que emitem mais de 10 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano precisarão enviar anualmente um plano de monitoramento e relatórios de emissões e remoções de gases. Já aquelas com emissões acima de 25 mil toneladas por ano terão a obrigação adicional de conciliar suas emissões com a quantidade de gás removido ou capturado, além de enviar um relatório de conciliação. Dependendo do porte e volume de emissões, locadoras podem se enquadrar nessas regras, tornando essencial a adoção de medidas proativas.
Continue a leitura e entenda como o inventário de carbono pode fortalecer a sustentabilidade e a competitividade do seu negócio!
O impacto do Inventário de GEE para Locadoras de veículos
As locadoras de veículos operam com frotas extensas e de alto giro. Esse modelo de negócio, embora eficiente economicamente, também gera um volume significativo de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
O inventário de carbono é o primeiro passo para que empresas do setor entendam a dimensão do seu impacto ambiental e possam adotar estratégias para reduzi-lo. Além disso, algumas locadoras já estão se antecipando à regulação.
Leia também: Mercado de Carbono: Uma tendência global para empresas conscientes!
Exemplo de sucesso: Localiza e a neutralização de emissões
A Localiza, por exemplo, foi a primeira empresa de locação de carros no Brasil a reportar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) no GHG Protocol. Em março de 2021, a empresa compensou as emissões de carbono de suas operações referentes a 2019, totalizando cerca de 19.540 toneladas de CO₂ equivalente, por meio da aquisição de créditos de carbono de uma fábrica de cerâmica em Ituiutaba, Minas Gerais.
Além disso, a Localiza lançou o programa “Neutraliza“, que mapeia as emissões de carbono de seus clientes e oferece soluções para compensação, reforçando seu compromisso com práticas sustentáveis
Essa iniciativa é um diferencial competitivo e pode influenciar decisões de clientes corporativos e consumidores que valorizam empresas alinhadas às melhores práticas ESG. Clique aqui e saiba mais detalhes sobre esse exemplo da Localiza.
Regulação do Mercado de Carbono e os desafios para Locadoras
A regulamentação do mercado de carbono no Brasil abre novas perspectivas para o setor de locadoras. Como discutido no blog sobre a nova regulamentação, o mercado regulado exige um monitoramento rigoroso das emissões e a adoção de mecanismos de compensação.
Locadoras que se antecipam às exigências legais e implementam soluções sustentáveis já se destacam no mercado. O uso de frotas eletrificadas, programas de neutralização de emissões e parcerias para aquisição de créditos de carbono são algumas das estratégias adotadas por empresas visionárias.
Inventário de GEE: Por que sua locadora deveria adotar essa prática voluntariamente?
Qualquer empresa pode realizar o inventário de GEE, mesmo sem obrigação legal. Na verdade, muitas empresas já adotam essa prática de forma voluntária para fortalecer seu compromisso com a sustentabilidade, melhorar sua imagem no mercado e se preparar para futuras regulamentações.
Razões para fazer um Inventário de GEE voluntário:
Estratégia ESG:
Empresas que monitoram suas emissões demonstram compromisso com a sustentabilidade e atraem investidores e clientes alinhados a essa agenda.
Diferencial competitivo:
Cada vez mais consumidores e empresas preferem fornecedores e parceiros com boas práticas ambientais.
Redução de custos:
Identificar e gerenciar as fontes de emissões pode ajudar a otimizar processos, reduzir consumo de energia e combustíveis, resultando em economia.
Antecipação à regulação:
Embora algumas empresas ainda não sejam obrigadas a reportar suas emissões, a tendência é que as exigências ambientais se tornem cada vez mais rigorosas. Fazer o inventário agora pode preparar sua empresa para futuras demandas.
Oportunidades no mercado de carbono:
Empresas que monitoram e reduzem suas emissões podem se beneficiar do mercado de créditos de carbono, gerando novas fontes de receita.
Ou seja, além de ser um compromisso com o meio ambiente, o inventário de GEE pode ser uma vantagem estratégica para qualquer empresa!
Como implementar o inventário de GEE na sua locadora?
Para iniciar o inventário de carbono, é necessário seguir algumas etapas fundamentais:
- Levantamento de dados: identificar e mensurar as principais fontes de emissão da empresa, como combustível consumido pela frota, emissões indiretas de fornecedores e operações administrativas.
- Cálculo das emissões: aplicar metodologias reconhecidas, como o GHG Protocol, para quantificar as emissões de carbono e demais gases de efeito estufa e definir metas de redução.
- Identificação de oportunidades de redução: avaliar medidas como a renovação da frota com veículos elétricos ou híbridos, otimização de rotas e treinamentos para direção eficiente.
- Compensação das emissões: investir em créditos de carbono ou projetos de reflorestamento para neutralizar o impacto ambiental da operação.
- Monitoramento e transparência: divulgar os resultados periodicamente e implementar a melhoria contínua das práticas sustentáveis da empresa.
Grupo MYR: Inteligência ambiental para sua Locadora
O Grupo MYR oferece serviços especializados na quantificação e inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE), além de projetos de minimização e compensação de emissões, podendo auxiliar empresas a se prepararem para um mercado cada vez mais orientado à sustentabilidade.
Com isso, ajudamos locadoras e outras empresas a avançarem na transição para um modelo de negócios mais sustentável e competitivo, alinhando-se às exigências do mercado de carbono e às melhores práticas ESG.
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