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Termos de carbono como ‘Carbono Neutro’, ‘Carbono Negativo’, ‘Net Zero’ e ‘Carbon Free’ estão em destaque nas discussões globais, aparecendo em estratégias empresariais e, em alguns casos, até em rótulos de produtos. 

Essas declarações sinalizam um compromisso cada vez maior com a redução das emissões de CO₂ e a preservação do planeta.

No entanto, embora pareçam semelhantes, esses conceitos possuem diferenças fundamentais que vale a pena compreender.

Neste blog, vamos esclarecer cada um desses termos, detalhando suas particularidades, objetivos e como podem ser aplicados às estratégias empresariais de descarbonização.

Acompanhe conosco!

 

Termos de Carbono: Fique por dentro de cada um deles

Carbono Neutro: O ponto de partida

Carbono Neutro significa compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) geradas por uma atividade, organização ou produto em um determinado período. Não é necessário deixar de emitir GEEs, mas é fundamental medir a pegada de carbono e realizar ações para neutralizá-la.

Geralmente, essa compensação acontece por meio de iniciativas como:

  • Reflorestamento: plantio de árvores para absorver CO2 da atmosfera.
  • Créditos de Carbono: aquisição de créditos gerados por projetos que removem ou evitam emissões de carbono.

Por exemplo, uma empresa que emite 1.000 toneladas de CO₂ pode adquirir créditos de carbono equivalentes para neutralizar sua pegada e declarar-se Carbono Neutro.

Pense no Carbono Neutro como um primeiro passo para organizações que desejam começar sua jornada rumo à descarbonização.

Leia também: Regulamentação do Mercado de Carbono no Brasil é aprovada pela Câmara dos Deputados

Carbono Negativo: Gerando impacto positivo

Alcançar o status de Carbono Negativo significa ir além da neutralidade. Nesse caso, mais carbono é removido da atmosfera do que emitido, gerando um saldo positivo no balanço de emissões. 

Portanto, empresas que adotam essa meta estão ativamente contribuindo para a redução dos GEEs na atmosfera.

Por exemplo, uma empresa que emite 500 toneladas de CO₂ e compensa 600 toneladas pode declarar-se Carbono Negativo.

Para atingir essa meta, as organizações devem:

  • Compensar suas emissões e, adicionalmente, investir em projetos que removam mais carbono do que foi gerado.
  • Priorizar práticas regenerativas, como reflorestamento em larga escala.

Isso pode ser alcançado por meio da ampliação da compra de créditos de carbono ou do investimento em tecnologias e projetos que capturam mais CO₂ da atmosfera.

Entretanto, é importante que essas empresas sejam transparentes sobre a quantidade de carbono compensada e os métodos utilizados para atingir esse objetivo.

Leia também: Mercado de Carbono: Uma tendência global para empresas conscientes!

Net Zero: Reduzir antes de compensar

O termo Net Zero, ou “zero emissões líquidas de carbono”, ganhou destaque com o Acordo de Paris, no qual mais de 190 países se comprometeram a atingir esse status até 2050. 

Ao contrário do Carbono Neutro, o Net Zero prioriza a redução drástica das emissões antes de considerar a compensação.

Para atingir o Net Zero, uma empresa deve:

  • Implementar medidas de descarbonização interna, como o uso de energias renováveis, substituição de combustíveis fósseis e otimização de processos.
  • Compensar apenas o que não for possível reduzir.

Por exemplo, uma indústria que emite 200 toneladas de CO2 pode reduzir suas emissões para 50 toneladas com o uso de tecnologias mais limpas e, então, compensar esse restante por meio de créditos de carbono. 

O mercado considera o Net Zero um marco mais ambicioso e sustentável no longo prazo, exigindo mudanças estruturais na operação do negócio.

Saiba mais: Net Zero: O Caminho para um Futuro Sustentável e o Potencial do Brasil!

Carbon Free: Zero emissões desde o início

O conceito de Carbon Free, ou livre de carbono, vai além da compensação ou redução. Significa que não há emissões de carbono geradas desde o início de uma atividade ou processo.

Para ser Carbon Free, uma empresa ou produto deve:

  • Operar 100% com fontes de energia renovável, como solar, eólica ou hidráulica.
  • Evitar completamente o uso de combustíveis fósseis em toda a cadeia de produção.

Na prática, uma empresa que utiliza apenas energia solar para suas operações pode ser considerada Carbon Free no consumo de eletricidade. Esse conceito é muito utilizado em projetos energéticos, mas dificilmente abrange todas as atividades de uma organização.

Portanto, Carbon Free é a meta mais desafiadora, mas a mais alinhada com um futuro sustentável.

Como escolher a meta ideal para sua organização?

A escolha entre Carbono Neutro, Carbono Negativo, Net Zero ou Carbon Free depende de fatores como o nível de maturidade da organização na gestão de emissões, seus recursos e objetivos estratégicos.

Para decidir qual meta faz mais sentido para sua empresa ou estilo de vida, é essencial:

  • Medir as emissões atuais: identifique as principais fontes de emissão de CO2.
  • Definir objetivos claros: escolha entre neutralizar, reduzir ou eliminar emissões.
  • Implementar soluções compatíveis: avalie tecnologias, recursos e investimentos necessários.

Independentemente do objetivo escolhido, o mais importante é agir com responsabilidade e transparência, contribuindo para um futuro mais sustentável. 

Adotar práticas que priorizem a redução das emissões é fundamental para proteger o planeta e atender às demandas de consumidores e investidores cada vez mais conscientes.

Saiba mais: Calculadora ESG do Grupo MYR: Descubra o estágio de maturidade da sua empresa em relação aos critérios ESG

Fontes de referência 

É importante destacar que nenhuma entidade global regula os principais termos relacionados ao carbono, como Carbono Neutro, Carbono Negativo, Net Zero e Carbon Free, mas organizações internacionais amplamente reconhecem suas definições.

Abaixo, confira algumas das principais fontes de referência:

  • IPCC: principal autoridade científica sobre mudanças climáticas, fornece a base para conceitos como Net Zero.
  • UNFCCC/Acordo de Paris: define metas globais de redução de emissões, incluindo Net Zero e Carbono Neutro.
  • Science Based Targets Initiative (SBTi): Estabelece padrões para metas corporativas baseadas na ciência climática.
  • GHG Protocol: padrão global mais usado para medir e relatar emissões de carbono.
  • ISO: Normas como a ISO 14064 orientam a medição e gestão de emissões.
  • WRI: Cofundador do GHG Protocol, o WRI é referência em estratégias de mitigação de carbono e metas como neutralidade e Net Zero.

Por que essas metas importam?

As mudanças climáticas afetam a todos, e assumir metas claras de redução de emissões demonstra responsabilidade ambiental e social. 

Além disso, consumidores e investidores estão cada vez mais atentos às práticas sustentáveis, fazendo dessas metas um diferencial competitivo.

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