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Questões alimentares globais e segurança hídrica em foco no 11º dia da COP28!

Explorando maneiras de acelerar os sistemas alimentares, nutrir o futuro para sustentar nosso planeta e reduzir o desperdício de alimentos, o 11º dia da COP28 foi dedicado a uma agenda abrangente sobre ‘Alimentação, Agricultura e Água”!

Fique por dentro dos principais destaques deste domingo, 10 de dezembro, e de todos os acontecimentos da 28ª Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, com a cobertura exclusiva do Grupo Myr!

Confira os destaques do 11º dia da COP28!

As mudanças climáticas criam pressões e riscos severos para os sistemas agroalimentares e hídricos.

É preciso construir sistemas alimentares adequados para agricultores, famílias e o futuro.

Devido a isso, a programação do 11º dia da COP28 foi focada em “Alimentação, Agricultura e Água”, abordando questões alimentares globais e promovendo a segurança hídrica para manter a temperatura global em 1,5°C ao alcance.

Aliança dos Campeões para a Transformação de Sistemas Alimentares (ACF)

Neste domingo, 10 de dezembro, uma sessão de alto nível com dignitários e ministros discutiu os caminhos, modalidades e oportunidades envolvidos na implementação da Declaração sobre Agricultura Sustentável, Sistemas Alimentares Resilientes e Ação Climática, assinada por 134 países, incluindo o Brasil.

A declaração estabelece uma correlação entre as mudanças climáticas e os alimentos que consumimos. A finalidade é aprimorar a segurança alimentar, reduzir a vulnerabilidade de agricultores diante de eventos extremos e, concomitantemente, preservar a biodiversidade e a água.

Vale ressaltar que, pela primeira vez, a alimentação esteve no centro das atenções da maior conferência climática do mundo! 


“Os sistemas alimentares são extremamente vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e na COP28 temos orgulho em elevá-los ao mais alto nível de discussão”.

Majid Al Suwaidi

(Diretor-geral da COP28)

 

  • Os países signatários têm a intenção de, até 2025, reforçar seus esforços para incorporar medidas que tornem a agricultura mais resiliente e sustentável.

Na sessão deste domingo, foi anunciada a “Aliança dos Campeões para a Transformação de Sistemas Alimentares (ACF)“, uma coalizão formada pelo Brasil, Camboja, Ruanda, Noruega e Serra Leoa com o objetivo de ajudar a reorientar políticas, práticas e prioridades de investimento para proporcionar melhores resultados dos sistemas alimentares para as pessoas, natureza e clima.

Leia esta reportagem e saiba mais sobre esse tema. 

Aproveite e leia também: 

Evento “Consumo Sustentável, Alimentos Saudáveis Acessíveis para Todos e Redução do Desperdício Alimentar” 

Segundo divulgação da ONU, cerca de 345 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda no mundo, e os extremos climáticos estão entre as principais causas da fome global. 

Com isso, é preciso tornar os sistemas alimentares mais resilientes ao clima, o que envolve uma série de abordagens diferentes e investimento contínuo.

Mudar os padrões de consumo, reduzir a perda e o desperdício de alimentos são medidas cruciais para fomentar a disponibilidade de alimentos acessíveis, saudáveis e sustentáveis, ao mesmo tempo em que exercem impacto positivo sobre o clima.

O evento “Consumo Sustentável, Alimentos Saudáveis Acessíveis para Todos e Redução do Desperdício Alimentar” envolveu partes interessadas, apresentando soluções práticas para promover hábitos de consumo mais sustentáveis, incentivando escolhas alimentares mais saudáveis e reduzindo a perda e o desperdício de alimentos.

  • Instituições internacionais anunciaram um pacote de apoio de três anos para ajudar os países a desbloquear finanças e apoiar agricultores, produtores de alimentos, pequenas agronegócios e comunidades locais.

Chamado à Ação para Transformar Sistemas Alimentares para Pessoas, Natureza e Clima!

Neste dia, também foi lançado um “Chamado à Ação para Transformar Sistemas Alimentares para Pessoas, Natureza e Clima”, assinado por mais de 200 atores não estatais diversos, comprometendo-se a tomar dez ações prioritárias para transformar sistemas alimentares e apelando a um conjunto de metas limitadas no tempo, holísticas e globais até a COP29, em 2024.

Sistemas Alimentares Resilientes à Água

No 11º dia da COP28, a Presidência da COP28 também estabeleceu uma parceria de dois anos sobre Sistemas Alimentares Resilientes à Água, a qual será hospedada no âmbito do CQNUAC para Sistemas Alimentares Resilientes ao Clima, visando auxiliar os países na implementação de compromissos relacionados à gestão integrada dos sistemas de água e alimentos.

  • 15 países comprometem-se a priorizar esforços interligados em água e alimentos.


Evento “AIM for Climate: Escalando Clima-Smart Agricultura e Inovação de Sistemas Alimentares”

Entre os eventos deste dia, o “AIM for Climate: Escalando Clima-Smart Agricultura e Inovação de Sistemas Alimentares” apresentou inovações para adoção e financiamento, mostrando os progressos realizados por meio da plataforma “Innovation Sprints” da iniciativa para impulsionar o Acordo de Paris, além de atender à meta do ODS 2 (Objetivo do Desenvolvimento Sustentável):

ODS 2– FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL: 

Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição 

e promover a agricultura sustentável.

O AIM for Climate  é uma iniciativa conjunta dos EAU-EUA focada no combate às alterações climáticas e à fome global por meio do aumento do investimento em agricultura inteligente e inovações do sistema alimentar.

Desafio Água Doce

Neste domingo, mais de 40 países mobilizaram-se para participar do “Desafio Água Doce”, demonstrando seus compromissos na primeira reunião Ministerial da COP sobre a proteção e restauração dos ecossistemas de água doce.

Lançado na Conferência da Água da ONU 2023, o Desafio visa restaurar mais de 300.000 km de rios e 350 milhões de hectares de zonas úmidas até 2030, ou aproximadamente 30% dos ecossistemas de água doce degradados do planeta.

Agricultura Sustentável: Conheça algumas iniciativas brasileiras! 

Durante o Dia do Agro na COP28, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu debates cruciais sobre a conciliação entre segurança alimentar, energia e clima. 

Destacando o papel essencial do Brasil na segurança alimentar global, o Vice-presidente da CNA, Gedeão Pereira, enfatizou o compromisso sustentável da agricultura brasileira.

 

“Não há como se discutir meio ambiente sem segurança alimentar”.

Gedeão Pereira

(Vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

A produtora rural Ana Carolina Zimmermann, representando a juventude rural, discutiu os desafios dos novos líderes agropecuários em lidar com as crises energética, climática e de segurança alimentar. Ela ressaltou a contribuição positiva dos produtores para a preservação ambiental.

O coordenador-geral de Mudanças Climáticas do Ministério da Agricultura, Adriano Santhiago, destacou o papel da agropecuária como parte da solução para as mudanças climáticas, enfocando tecnologias e políticas públicas, como o programa ABC+.

O mercado de carbono também foi discutido, com ênfase na necessidade de harmonização global. Especialistas, incluindo o embaixador Roberto Azevedo, abordaram desafios e oportunidades, reconhecendo o potencial do Brasil como gerador de créditos de carbono.

Saiba mais sobre esse tema com a leitura desta reportagem da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). 

Leia também: 

Selo Verde de Minas destaca-se em Regulamentação Europeia contra Desmatamento

Durante a COP28, o Vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, participou de um painel que discutiu a importância de cadeias de suprimentos responsáveis

O destaque foi a nova regulamentação europeia que visa evitar a importação de produtos relacionados ao desmatamento.

O regulamento europeu proporciona rastreabilidade à cadeia de desmatamento, o que é positivo para o Brasil. 

Essa regulamentação pode impulsionar o Brasil a avançar na implementação do Código Florestal, especialmente no Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma ferramenta importante para a geolocalização de produtos exportados.

O vice-governador enfatizou que Minas Gerais saiu à frente dessa proposta com a Plataforma Selo Verde. 

Essa plataforma já está em uso, promovendo a rastreabilidade de produtos agrícolas por meio de dados oficiais e imagens de satélite de alta resolução.

“Isso tem um impacto muito grande para o Brasil. Positivo, por um lado, porque a gente passa a ter rastreabilidade para verificar a cadeia de desmatamento e a certeza de que os produtos enviados para a Europa não foram produzidos em área desmatada. Mas também traz preocupações para o Brasil, porque precisamos ter a certeza de que todo o país não será tratado como um só”

Mateus Simões

Vice-governador de Minas Gerais

Saiba mais sobre esse tema com a leitura desta divulgação da Agência Minas e desta outra reportagem divulgada pelo Governo de Minas.

No dia 05 de dezembro, durante a COP28, nosso diretor Sérgio Myssior, teve a oportunidade de conversar com Vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões. Confira! 

Hortas urbanas, exemplo do Rio de Janeiro

No dia 08 de dezembro, Sérgio Myssior também conversou com a Subsecretária de Segurança Hídrica e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro, Ana Asti, que participou do painel “Reinventando Cidades: Desbloqueando Ações para um Futuro Urbano Resiliente”.

Na ocasião, Ana Asti compartilhou um caso de sucesso relacionado às hortas urbanas no Rio de Janeiro. Confira!

 

“Apresentamos aqui hoje um estudo sobre a resiliência nas áreas urbanas, em especial o papel que as hortas urbanas podem ter nessas zonas, onde conseguimos oferecer não só qualidade alimentar, mas uma série de outros benefícios para garantir essa resiliência. Contei aqui o exemplo do projeto do Parque de Inovação Socioambiental da Rocinha”.

Ana Asti

 (Subsecretária de Segurança Hídrica e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro)

A COP28, que está sendo realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, vai até o dia 12 de dezembro!

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