As ondas de calor vêm se intensificando em todo o mundo e se consolidam como um dos sinais mais evidentes da crise climática atual.
Esse cenário exige uma nova abordagem para a gestão das cidades, da infraestrutura e da saúde pública. Mais do que um fenômeno climático, as ondas de calor representam um desafio urbano, social e econômico que demanda planejamento estratégico e ações coordenadas.
Continue a leitura para entender como esse fenômeno impacta diretamente os centros urbanos e quais caminhos podemos seguir para mitigar seus efeitos e nos adaptar a essa nova realidade climática.
Ondas de calor nas cidades: um alerta global da OMM
Recentemente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, alertou que o mundo terá que aprender a conviver com ondas de calor cada vez mais frequentes, intensas e prolongadas. O alerta é especialmente válido para áreas urbanas densamente povoadas, que concentram maior vulnerabilidade.
Em julho de 2025, países europeus como França, Espanha, Itália e Alemanha enfrentaram temperaturas superiores a 40 °C. A situação levou ao fechamento de escolas, agravamento de incêndios florestais, limitações em atividades turísticas e à mobilização de autoridades de saúde para lidar com os impactos do calor extremo.
Esses eventos são resultado de fatores combinados, como o aquecimento do Mar Mediterrâneo, o avanço de massas de ar quente vindas do Norte da África e a mudança do clima provocada pelas atividades humanas.
“Toda morte relacionada ao calor é evitável. Temos o conhecimento, temos as ferramentas, podemos salvar vidas”,
(Clare Nullis, porta-voz da OMM)
Fonte: Diário Indústria & Comércio
Leia também: Mudança do Clima: Causas, efeitos e os desafios para o futuro da humanidade
Um problema urbano, humano e estrutural
As áreas urbanas são particularmente vulneráveis. Devido ao chamado efeito de ilha de calor urbana, a temperatura em regiões densamente construídas pode ser até 7 °C mais alta do que nas áreas periféricas ou vegetadas.
Esse agravamento térmico afeta:
- A saúde pública, especialmente entre idosos, crianças e trabalhadores expostos ao sol;
- A infraestrutura urbana, provocando falhas em pavimentações, redes elétricas e sistemas de abastecimento;
- O planejamento urbano, que precisa ser revisto sob a ótica da resiliência climática.
Mas diante dessas evidências, quais caminhos podemos adotar para transformar esse cenário?
Leia também: Planejamento Urbano Sustentável: 9 soluções e tendências para construir cidades melhores e resilientes
Ondas de calor: caminhos possíveis diante da emergência climática
As soluções existem. Mas precisam ser coordenadas, financiadas e adaptadas à realidade de cada território.
A seguir, apresentamos quatro frentes fundamentais para enfrentar as ondas de calor e os demais efeitos das mudanças climáticas:
1. Mitigação: reduzir as causas da crise
A mitigação envolve reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. Isso requer uma transformação estrutural dos nossos modelos de produção e consumo, com foco em uma economia de baixo carbono.
Entre as principais estratégias de mitigação estão:
- Transição para energias renováveis e limpas;
- Expansão do transporte público de baixa emissão e promoção da mobilidade ativa (como bicicletas e caminhadas);
- Eficiência energética em edifícios, especialmente em ambientes industriais;
- Aumento da cobertura vegetal e implantação de infraestrutura verde urbana;
- Incentivos fiscais para empresas que adotem práticas sustentáveis e inventários de emissões.
Essas medidas ajudam a conter o ritmo do aquecimento global, além de melhorar a qualidade do ar, a eficiência dos sistemas urbanos e a saúde da população.
Leia também: 10 Benefícios das cidades-esponja, além da mitigação de enchentes!
2. Adaptação: viver com um clima que já mudou
Mesmo com ações de mitigação, o clima já mudou. Por isso, também precisamos investir em adaptação: ações que reduzem os riscos e impactos causados pelos eventos extremos que já ocorrem.
As estratégias de adaptação incluem:
- Planejamento urbano sustentável, considerando zonas de risco, áreas de ventilação natural e soluções baseadas na natureza (SbN);
- Infraestruturas resilientes ao calor, como materiais reflexivos, telhados verdes e pavimentos permeáveis;
- Gestão eficiente dos recursos hídricos, crucial em períodos de seca e consumo elevado;
- Sistemas de alerta precoce, combinados com planos de resposta para proteger populações vulneráveis;
- Inclusão de justiça climática, para garantir que comunidades mais expostas recebam suporte prioritário.
Você sabia que Grupo MYR é referência na modelagem de Planos de Adaptação Climática? Saiba mais: Plano de Adaptação Climática é Lei: Conheça as soluções do Grupo MYR nesta área
Leia também: COP30 e a urgência da Adaptação Climática: Caminhos para um futuro resiliente
3. Colaboração: soluções são construídas coletivamente
A crise climática é um desafio global e transversal. Ela exige colaboração entre governos, empresas, sociedade civil e cidadãos.
Cidades mais resilientes são aquelas que fortalecem redes locais, promovem educação ambiental, estimulam a participação comunitária e constroem políticas públicas baseadas em evidências científicas.
Além disso, cooperação internacional e alianças público-privadas são fundamentais para acelerar soluções, compartilhar tecnologias e implementar boas práticas em escala.
4. Financiamento: sem recursos, não há transição possível
A transição climática exige mobilização de recursos financeiros significativos. Tanto para mitigar emissões quanto para adaptar cidades e infraestruturas, é necessário investimento constante em pesquisa, inovação e execução.
A realidade, no entanto, ainda é desafiadora: o financiamento climático internacional é desigual e insuficiente, especialmente para países em desenvolvimento.
É fundamental:
- Direcionar investimentos para as regiões mais vulneráveis;
- Garantir acesso facilitado a linhas de crédito verde;
- Estimular fundos públicos e privados que apoiem tecnologias limpas;
- Priorizar justiça climática, garantindo que a transição ecológica seja também socialmente inclusiva.
Leia também: COP30: Financiamento climático e adaptação em foco
Ondas de calor: o papel do Grupo MYR na transformação urbana e climática
Com soluções ESG de classe mundial, o Grupo MYR transforma sustentabilidade em valor estratégico, contribuindo para o desenvolvimento inteligente e resiliente de empresas e territórios.
Acreditamos que cidades resilientes, empresas responsáveis e políticas coerentes são os pilares de um futuro possível. Clique aqui e dê o primeiro passo na Jornada ESG com o Grupo MYR!
Se preferir, entre em contato conosco e descubra como podemos impulsionar seus projetos com responsabilidade e inovação.
Gostou do conteúdo? Veja mais no nosso blog e acompanhe o Grupo MYR no LinkedIn, Instagram, Facebook, YouTube e Spotify.
Leia também:
- Mudanças climáticas: Como o Grupo Myr apoia esta luta?
- Cidades de baixo carbono: Conheça os benefícios econômicos da transição para um futuro mais sustentável!
- Conheça o Programa Adapta Cidades – Um marco na adaptação climática das cidades brasileiras!
- Gestão de Riscos Climáticos: Proteja sua empresa com estratégias eficazes!