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Mais do que nunca, é necessário compreender os impactos econômicos das mudanças climáticas e agir para mitigar seus efeitos. Afinal, esses fenômenos já afetam a economia global e nacional de formas profundas.

Enchentes, secas e outros fenômenos extremos afetam vidas e também causam prejuízos bilionários em setores cruciais, como agricultura, energia e infraestrutura.

O Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos — publicação anual do Banco Central do Brasil (BC) — nos oferece uma visão clara sobre essa questão. Ele apresenta uma análise detalhada desses impactos, reforçando a necessidade de ações coordenadas para mitigar os prejuízos e preparar a economia para os desafios futuros.

Neste blog, vamos explorar como desastres climáticos trazem consequências econômicas que não podem ser ignoradas e a importância de uma resposta institucional eficaz.

Acompanhe conosco!

 

Impactos econômicos das mudanças climáticas: Quando a Natureza cobra o preço

Eventos climáticos extremos não apenas causam danos imediatos, mas também têm efeitos prolongados na economia, afetando diversos setores.

Um exemplo são as enchentes históricas no Rio Grande do Sul em 2024, que, além das lastimáveis perdas humanas e materiais, comprometeram significativamente a economia local e nacional.

O estado, responsável por 12,7% da produção agrícola nacional, viu colheitas destruídas e cadeias logísticas interrompidas.

A tragédia gerou aumentos imediatos nos preços de alimentos e energia. Produtos in natura e insumos essenciais, como arroz e trigo, sofreram impactos diretos. Isso mostra como desastres climáticos podem agravar a inflação e comprometer a recuperação econômica.

Leia também: Entenda como as chuvas no RS foram intensificadas pela Mudança Climática – Uma análise do nosso diretor, Thiago Metzker.

 

Os custos invisíveis

Além do aumento nos preços, os fenômenos climáticos elevam custos de seguro, reduzem a produtividade e forçam investimentos não planejados em infraestrutura de adaptação.

Consequentemente, isso pressiona governos e empresas, afetando o crédito e a saúde financeira de famílias e empreendimentos.

O Banco Central tem monitorado essas dinâmicas com testes de estresse e simulações econômicas, conforme detalhado no Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos desenvolvendo indicadores para entender melhor o impacto desses riscos na economia e no sistema financeiro nacional. Para ler o relatório completo, clique aqui.

Leia também: Desastres socioambientais: O desafio é global, mas exige ações locais!

Impactos econômicos das mudanças climáticas: Diversos setores da economia são afetados

As alterações climáticas afetam múltiplos aspectos econômicos, desde a produção agrícola até os preços de commodities, passando por custos operacionais e financeiros.

Compreender esses impactos e adotar ações mitigadoras são passos essenciais para proteger a estabilidade econômica e social.

Abaixo, exploramos os principais pontos abordados no relatório. Confira!

Agricultura e produção de alimentos

Eventos climáticos extremos, como a seca no Amazonas e as enchentes no Rio Grande do Sul, têm impactos devastadores na agricultura.

Segundo o relatório, o Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz e 40% do trigo, enfrentou grandes perdas em 2024 devido a enchentes históricas. 

Consequentemente, esses eventos levaram ao aumento nos preços desses produtos, refletindo diretamente no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Além disso, o relatório destaca o impacto contínuo do fenômeno El Niño, que agrava o clima seco no Norte e Nordeste do país, afetando a produção agrícola e o transporte fluvial.

Energia e Infraestrutura

A escassez hídrica em algumas regiões reduz a capacidade de geração hidrelétrica, pressionando os preços da energia.

Além disso, as enchentes danificam infraestruturas críticas, como estradas, pontes e redes elétricas, gerando altos custos de reparação e paralisando atividades econômicas locais.

Exemplo disso foram os danos causados pelas enchentes de 2024 no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Segundo o relatório, essas enchentes comprometeram a logística regional e afetaram diretamente a produção e o transporte de mercadorias.

Setor Financeiro e Crédito

As mudanças climáticas também aumentam os riscos financeiros. Os desastres naturais impactam a capacidade de pagamento de dívidas de empresas e indivíduos, elevando o risco de crédito para instituições financeiras.

O relatório aponta que fenômenos como enchentes podem reduzir o valor de ativos usados como garantia, afetando diretamente a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional.

Um exemplo de monitoramento é o uso de indicadores pelo Banco Central para analisar a vulnerabilidade de instituições financeiras expostas a riscos climáticos, como os setores mais dependentes de atividades agrícolas ou industriais em áreas vulneráveis.

Impactos econômicos das mudanças climáticas: Consequências que não podem ser ignoradas

Os impactos econômicos das mudanças climáticas são vastos e complexos. Eles incluem:

  • Aumento dos preços: a escassez de produtos devido a desastres climáticos eleva os preços, afetando o poder de compra da população;
  • Perda de empregos: setores como agricultura, turismo e indústria são diretamente impactados, resultando em demissões e perda de renda;
  • Despesas governamentais: o governo precisa investir em recuperação e ajuda humanitária, desviando recursos de outras áreas essenciais;
  • Desigualdade social: os impactos das mudanças climáticas tendem a afetar desproporcionalmente as comunidades mais vulneráveis, exacerbando desigualdades sociais e econômicas.

Portanto, essas consequências reforçam a urgência de políticas públicas eficazes para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

A resposta institucional diante dos desafios

Da inflação ao custo de energia, os efeitos chegam ao consumidor final. É por isso que a resposta institucional — como políticas de mitigação e supervisão financeira — é indispensável.

A adaptação econômica às mudanças climáticas é um desafio que só pode ser superado com estratégias colaborativas entre governos, empresas e cidadãos.

Diante de tais desafios, a resposta institucional se torna crucial. O Banco Central do Brasil, conforme destacado no relatório, tem adotado ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

 

Essas iniciativas incluem:

  • Testes de estresse climático: avaliam como eventos extremos podem impactar a economia e o sistema financeiro;
  • Indicadores de sustentabilidade: monitoram a pegada de carbono do Sistema Financeiro Nacional e a proporção de empréstimos concedidos a setores de baixa emissão de carbono;
  • Regulação climática: exige das instituições financeiras a divulgação de relatórios sobre riscos sociais, ambientais e climáticos.

Além disso, o Banco Central ainda desenvolve parcerias estratégicas e políticas voltadas para fortalecer a capacidade de adaptação da economia, contribuindo para a resiliência frente aos desafios climáticos.

 

O Custo de não agir

A ausência de ações eficazes para mitigar os impactos climáticos pode resultar em prejuízos econômicos ainda maiores.

Segundo o relatório, eventos climáticos extremos como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 já pressionaram as contas públicas, exigindo esforços significativos de reconstrução e assistência humanitária.

Além disso, o estudo aponta que a transição para uma economia de baixo carbono, embora desafiadora, pode gerar benefícios econômicos a longo prazo, incluindo maior eficiência energética e redução de custos operacionais.

Um chamado à ação!

Como você acompanhou ao longo deste texto, os impactos econômicos das mudanças climáticas afetam todos os setores e demandam uma resposta coordenada entre governos, empresas e a sociedade.

Como destacou o Banco Central, é essencial integrar critérios climáticos às políticas públicas e privadas para minimizar os riscos e maximizar as oportunidades que surgem com a transição para um futuro mais sustentável.

Conte com o Grupo MYR para ajudar sua cidade e/ou organização a enfrentar esses desafios e construir um futuro mais resiliente e sustentável. Entre em contato conosco e saiba como podemos contribuir para o combate às mudanças climáticas e impulsionar seu negócio rumo a um futuro mais sustentável. 

Saiba mais sobre nossa atuação nessa área: Mudanças climáticas: Como o Grupo Myr apoia esta luta?

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