Adequar-se às normas de sustentabilidade tornou-se uma prioridade para as empresas em 2025. Com a obrigatoriedade de apresentar relatórios anuais em 2026, conforme a Resolução 193 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas listadas na B3 precisam agir agora para implementar processos sustentáveis.
Paralelamente, o Brasil avança com a regulamentação do mercado de carbono e a instituição do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), aumentando ainda mais a pressão por conformidade.
Empresas que não se adaptarem enfrentam penalizações financeiras significativas e o risco de perder credibilidade no mercado
Neste blog, apresentaremos medidas práticas para sua organização atender a essas novas diretrizes ambientais, mantendo-se competitiva e alinhada aos padrões internacionais.
Vamos lá?
O que estabelece a Resolução 193 da CVM sobre normas de sustentabilidade?
A Resolução CVM193 foi publicada em outubro de 2023 e segue as recomendações do International Sustainability Standards Board (ISSB). Essas normas buscam harmonizar as práticas brasileiras com as internacionais, aumentando a transparência, consistência e comparabilidade das informações de sustentabilidade divulgadas pelas empresas.
A obrigatoriedade desses relatórios tem como objetivo permitir que investidores compreendam melhor os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade, além de incentivar a adoção de práticas sustentáveis e regenerativas no mercado de capitais. Além disso, o cumprimento dessas exigências pode facilitar o acesso das empresas brasileiras a fontes de financiamento internacional.
Atenção para os prazos e regras:
- A partir de 2026, as empresas abertas precisarão publicar seus relatórios de sustentabilidade, conforme a Resolução CVM 193.
- Os relatórios deverão ser apresentados anualmente, sempre em maio, junto ao formulário de referência. Até 2025, a publicação será opcional, permitindo que as empresas se adaptem às novas exigências.
Impacto das normas de sustentabilidade nas pequenas e médias empresas (PMEs)
As normas de sustentabilidade não afetam apenas grandes corporações. Pequenas e médias empresas, especialmente aquelas que atuam como fornecedoras, também precisam se adequar às novas exigências para continuar atendendo seus clientes. Muitas dessas PMEs integram cadeias de suprimentos de empresas listadas e, por isso, devem demonstrar o compromisso com boas práticas de sustentabilidade e ESG.
Além disso, concorrentes de capital fechado que não adotarem estratégias claras de gestão de riscos ambientais podem ser vistas como empresas de maior risco. Isso pode dificultar o acesso a financiamentos bancários e investimentos, afetando diretamente sua competitividade no mercado.
Assim, investir em sustentabilidade torna-se essencial também para essas organizações menores, garantindo sua viabilidade e relevância no cenário econômico atual.
Leia também: O que se espera em um Relatório de Sustentabilidade?
O Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE)
O Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) adota o modelo cap-and-trade, onde o governo define um limite máximo de emissões e distribui permissões entre as empresas participantes.
Assim, organizações que emitem menos gases de efeito estufa (GEE) do que o permitido podem vender seus créditos de carbono para aquelas que excedem o limite.
A expectativa é que cerca de cinco mil empresas integrem esse mercado regulado, impulsionando a transição para uma economia de baixo carbono.
Leia também: Regulamentação do Mercado de Carbono no Brasil é aprovada pela Câmara dos Deputados
Como sua empresa pode se preparar para se adequar às novas normas de sustentabilidade?
Diante dessas exigências, é vital que sua empresa tome medidas proativas para garantir a conformidade.
Para isso, apresentamos abaixo quatro ações essenciais que podem facilitar a adaptação às novas diretrizes de forma eficaz e estratégica.
1. Adapte o inventário de emissões à realidade da sua empresa
O inventário de GEE é um documento que mapeia todas as emissões de gases de efeito estufa associadas às atividades da empresa. Ele identifica tanto as fontes diretas quanto as indiretas, possibilitando a identificação de oportunidades para redução de emissões.
É fundamental adequar esse inventário à realidade operacional da organização, analisando quais categorias de emissão são realmente relevantes. Ajustar o inventário é uma forma de focar nas áreas que mais impactam suas emissões.
Dessa forma, a empresa ganha clareza sobre suas prioridades e otimiza seus esforços em direção à descarbonização.
2. Engaje todas as áreas na coleta de dados relacionados às normas de sustentabilidade
A coleta de dados pode ser um desafio, especialmente em empresas de grande porte. Para superá-lo, é essencial mobilizar diferentes departamentos, como logística, recursos humanos e gestão de instalações, para que assumam um papel ativo no processo.
Cada setor deve compreender como suas atividades contribuem para as emissões da empresa. Esse engajamento cria uma cultura corporativa voltada à sustentabilidade, onde colaboradores se tornam agentes de mudança e identificam oportunidades de melhoria em seus processos diários.
3. Implemente um monitoramento mensal para cumprimento das normas de sustentabilidade
Monitorar periodicamente as emissões e os indicadores ambientais permite que a empresa detecte desvios e tome ações corretivas em tempo hábil. Ao identificar picos de emissão ou falhas nos processos, é possível ajustar as práticas antes que os problemas se agravem.
Adotar uma abordagem de monitoramento mensal, em vez de esperar pelo fechamento anual, reduz riscos e melhora a tomada de decisões. Assim, a organização se mantém ágil, adaptável e preparada para atender às exigências dos relatórios de sustentabilidade.
4. Conte com uma consultoria especializada em sustentabilidade
Contar com o apoio de uma consultoria ambiental pode acelerar e simplificar o processo de adaptação às normas de sustentabilidade. Empresas como o Grupo MYR oferecem expertise em ESG e soluções personalizadas para atender às exigências regulatórias, minimizando riscos e maximizando oportunidades.
Uma consultoria especializada identifica pontos críticos de melhoria, orienta a implementação de melhores práticas e fornece insights estratégicos que podem colocar sua organização em uma posição competitiva no mercado.
O futuro da sustentabilidade nas empresas
As normas de sustentabilidade representam uma resposta concreta aos desafios impostos pela mudança do clima e pela pressão de investidores e consumidores por maior responsabilidade ambiental. Desse modo, empresas que não se adaptarem correm o risco de enfrentar sérias penalidades, além de perder espaço competitivo.
Por outro lado, as organizações que implementam essas medidas de forma eficiente não apenas atendem às regulamentações, mas também fortalecem sua reputação, atraem novos investimentos e se posicionam como líderes na transição para uma economia mais verde.
Conte com o Grupo MYR para apoiar sua empresa em sua jornada ESG! Nossa experiência em soluções sustentáveis pode ajudar você a se preparar para os desafios futuros e a transformar essas exigências em oportunidades de crescimento. Entre em contato conosco agora mesmo e saiba mais sobre como podemos ajudar!
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