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Em um mundo que enfrenta desafios climáticos cada vez mais alarmantes, desde enchentes devastadoras até incêndios florestais de proporções catastróficas, o derretimento acelerado das calotas polares e oscilações climáticas extremas em todos os continentes, surge uma questão fundamental: Como podemos restabelecer o equilíbrio com o nosso planeta?

Este blog é uma jornada em direção a uma resposta prática para esses desafios, apresentando o conceito de “Net Zero.”

Através desse conceito, vamos explorar como minimizar o impacto humano no meio ambiente.

A busca pela neutralidade de carbono tornou-se uma prioridade global na luta contra as mudanças climáticas.

Cada vez mais países, empresas e organizações se unem para estabelecer metas ambiciosas de alcançar essa neutralidade.

Mas o que exatamente implica esse compromisso?

Acompanhe a leitura e desvende as respostas!

 

O que significa Net Zero?

A expressão “Net Zero” teve origem em uma reunião de 30 ativistas ambientais na Escócia, dois anos antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21) em 2015, onde o Acordo de Paris foi estabelecido. 

A ideia foi posteriormente adotada pelo Grupo dos Sete (G7), composto pelas sete maiores potências do mundo, liderado por Angela Merkel, a então chanceler alemã. 

A discussão sobre “Net Zero” voltou a ganhar destaque na COP 26, realizada em Glasgow, em 2021, reforçando a importância dessa abordagem na luta contra as mudanças climáticas.

E o que esse termo significa?

Net zero, a forma reduzida de ‘zero carbon emissions’ ou ‘zero emissões líquidas de carbono’, em tradução livre, representa um ajuste crucial que a humanidade precisa fazer em relação ao planeta Terra, englobando empresas, governos e indivíduos.

O objetivo central é conter o rápido processo de aquecimento global no qual nos embarcamos desde os tempos da Revolução Industrial, no século XVIII.

Nesse período de aproximadamente 250 anos, liberamos uma quantidade substancial de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, com destaque para o dióxido de carbono (CO2), sem considerar qualquer espécie de “tarifa” ambiental. 

Agora, chegou a hora de encarar as consequências dessa ação não regulamentada: afinal, a temperatura média global subiu 1,1 °C desde o início da era industrial. 

E de acordo com o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU), até 2030, espera-se um acréscimo de 0,4 °C na temperatura, resultando em um aumento total de 1,5 °C em relação ao período pré-industrial.

E os dados alarmantes não param por aqui. 

Ainda segundo o relatório do IPCC, se as emissões de GEEs continuarem nos níveis atuais, a temperatura média global poderá aumentar em 2,4 °C até 2050 e 4,4 °C até 2100.

As implicações desse cenário são alarmantes e incluem:

  1. Agravamento da insegurança alimentar;
  2. Acidificação dos oceanos;
  3. Aumento da extrema pobreza;
  4. Deslocamento forçado de refugiados devido às mudanças climáticas;
  5. Escassez de recursos hídricos e de eletricidade;
  6. Extinção de diversas espécies da fauna e flora.

Portanto, é hora de frear as emissões de GEEs e quitar essa “dívida climática”!

 

Net Zero versus Neutralidade de Carbono

Antes de continuarmos aprofundando sobre esse tema, precisamos esclarecer uma distinção crucial.

Neutralizar o carbono significa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e compensá-las através de práticas como reflorestamento, uso de tecnologias de captura de carbono, entre outras.

No entanto, ser “Net Zero” vai além!

Ser “Net Zero” implica não apenas na compensação das próprias emissões, mas também na compensação das emissões indiretas, que são geradas por toda a cadeia produtiva envolvida nas atividades do emissor.

Isso inclui as emissões dos fornecedores, parceiros e terceirizados e até mesmo de clientes.

Em resumo, ser “Net Zero” exige que uma organização examine e reduza as emissões em todas as etapas de sua operação e cadeia de suprimentos.

 

Compromisso coletivo: Como o Net Zero se aplica na prática?

Para que o planeta alcance o Net Zero, algumas medidas urgentes são necessárias, tais como:

  • Energias Renováveis: É preciso aumentar a parcela de energias renováveis na geração de eletricidade, mirando alcançar entre 70% e 85% até meados do século.
  • Transporte Sustentável: Repensar os combustíveis utilizados no transporte, promovendo opções mais limpas, como veículos elétricos e combustíveis de baixa emissão.
  • Produção de alimentos sustentável: Melhorar a eficiência na produção de alimentos, adotando práticas agrícolas sustentáveis, reduzindo o desperdício e promovendo uma produção mais consciente.

Agora, vamos explorar exemplos práticos de como todos, sejam indivíduos, empresas ou governos, podem contribuir para esse compromisso: reduzir ou eliminar atividades que produzam gases de efeito estufa.

Afinal, se não for possível eliminar o impacto reduzindo emissões, o segundo passo é compensá-las.

Empresas:

  • Comprometer-se com a Agenda ESG  (Ambiental, Social e Governança);
  • Identificar áreas onde podem diminuir emissões, como substituir frotas de veículos a combustão por equivalentes elétricos ou utilizar energia gerada por fontes renováveis;
  • Avaliar a matriz energética utilizada para oferecer produtos e serviços, direta e indiretamente, abrangendo imóveis, rede logística, fornecedores e terceiros;
  • Comprometer-se a compensar emissões de todos os envolvidos na cadeia produtiva.

Leia também: Mercado de Carbono: Uma tendência global para empresas conscientes!

Governos:

  • Adotar estratégias de redução de emissões, como a promoção de políticas públicas que aumentem a oferta de energia de fontes renováveis tanto para o setor privado quanto para a população;
  • Substituir usinas termelétricas por instalações de energia solar, eólica ou hidrelétrica.

Indivíduos: 

  • Instalar painéis solares em suas casas ou prédios residenciais;
  • Substituir trajetos de carro por caminhadas ou transporte de bicicleta.

E como tornar o Net Zero uma realidade?

Embora a meta “Net Zero” possa parecer ambiciosa, ela é crucial para enfrentar as mudanças climáticas

À medida que mais países, empresas e estados se unem nesse esforço, estamos um passo mais perto de criar um futuro sustentável para as próximas gerações.

Para isso, é crucial estabelecer métricas e protocolos universais que padronizem o cálculo de emissões e compensações. 

Atualmente, governos e instituições estão se envolvendo cada vez mais no processo de compensar emissões diretas e indiretas, porém, a falta de uma metodologia uniforme dificulta a criação de relatórios confiáveis e consistentes. 

Essa padronização é essencial para alinhar os esforços de diferentes partes envolvidas nas metas Net Zero e avaliar a eficácia de suas políticas e práticas

 

Compromissos globais 

Conheça alguns dos principais compromissos de Net Zero já estabelecidos em nível mundial:

  • União Europeia e Estados Unidos: Comprometeram-se a atingir o Net Zero até 2050;
  • China: Anunciou seu compromisso de alcançar o Net Zero até 2060;
  • Pioneiros no Net Zero: Países como o Butão (Ásia) e o Suriname (América do Sul) já superaram o Net Zero e mantêm emissões de carbono negativas.

 

O potencial do Brasil

O Brasil é um país com um vasto potencial quando se trata de metas “Net Zero.” 

Com sua riqueza em recursos naturais, diversidade geográfica e vastas áreas de floresta, o Brasil possui as ferramentas necessárias para desempenhar um papel fundamental na luta contra as mudanças climáticas.

O País possui uma grande vantagem na economia verde, uma vez que muitas de nossas cadeias produtivas já figuram entre as de menor emissão, em comparação com outros países.

Complemente seu conhecimento sobre esse tema, com a leitura de outro blog: Energias Renováveis: Oportunidades e Riscos para o Brasil na transição para uma economia de baixo carbono.

Leia também: Amazônia 4.0: Inovação e Desenvolvimento Sustentável – Conheça este ambicioso projeto.

 

Minas Gerais: pioneirismo no compromisso “Race to Zero”

Minas Gerais foi o primeiro Estado da América Latina e do Caribe a se unir ao movimento “Race to Zero” (Corrida para o Zero), um compromisso global com as Nações Unidas para alcançar emissões líquidas zero até 2050, visando limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau.

Além disso, o governo mineiro se comprometeu a atrair negócios sustentáveis e fomentar a criação de empregos verdes. Saiba mais lendo esta notícia.

Estamos todos juntos nessa jornada para um mundo “Net Zero” e, com esforços coletivos, podemos alcançar um futuro mais verde e sustentável! 

Para isso, conte com o Grypo Myr, uma empresa de soluções ESG de classe mundial!

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