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Diretamente de Sharm El-Sheikh, no Egito, Sérgio Myssior e Thiago Metzker, diretores do Grupo MYR, seguem ativamente na cobertura do 3° dia da COP27, que vai até o dia 18 de novembro.

Nesta terça-feira, dia 08, líderes mundiais, chefes de Estado e de Governo, voltaram a discursar no maior evento sobre mudanças climáticas do mundo! Novamente, o financiamento climático foi um tema bastante discutido.

O terceiro dia da 27ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas também foi marcado por uma série de programações simultâneas. 

Continue a leitura e confira o que foi destaque no 3° dia da Cúpula!

COP27 3° dia: Financiamento climático novamente em pauta

O 3° dia da COP27 começou com discursos de líderes de nações diretamente atingidas pelos efeitos do desastre climático.

Aliança dos Pequenos Estados Insulares

Representando a Aliança dos Pequenos Estados Insulares, o primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, alertou que o financiamento climático ainda não é uma realidade! “Lutaremos incansavelmente pela justiça climática, inclusive, nos tribunais internacionais”, disse.

 

Em sua fala, Gaston Browne enfatizou ainda que as pequenas nações insulares esperam que as grandes petrolíferas paguem pelos danos crescentes da elevação do nível do mar e das mudanças climáticas, causadas pelo aumento do estoque de carbono na atmosfera. “Já é hora dessas empresas pagarem um imposto global de carbono sobre seus lucros (US$ 3 bilhões diariamente) como fonte de financiamento para perdas e danos”, ressaltou.

Retomando o conceito de financiamento climático

Se você acompanhou a nossa cobertura do segundo dia do evento, em nosso blog, explicamos sobre o financiamento climático: como parte do Acordo de Paris, os países desenvolvidos se comprometeram a investir US$ 100 bilhões por ano, a partir de 2020, para apoiar os países em desenvolvimento  a se preparar para as mudanças climáticas.

Lideranças africanas

O presidente senegalês, Macky Sall, discursou sobre a necessidade de “uma transição energética justa” para o continente africano. Para ele, as nações africanas mais pobres devem resistir aos apelos por uma mudança imediata dos combustíveis fósseis, uma vez que precisam de recursos externos para adaptação. 

Já o presidente do Zimbábue, Emmerson Dambudzo Mnangagwa, mencionou a urgência de unidade africana na Cúpula. Segundo ele, há desacordos entre os países sobre o desenvolvimento de novos campos de petróleo e gás. “Devemos falar a uma só voz e agir como um bloco de vítimas do clima. Só então é provável que ganhemos o dia e garantamos um planeta saudável para as gerações presentes e futuras”, alertou.

E o presidente de Comores, Assoumani Azali, um arquipélago africano, mencionou uma fala, de 2002, do presidente francês Jacques Chirac: “Nossa casa está pegando fogo e estamos olhando para outro lugar. Vinte anos depois, esse alerta ainda é relevante”, enfatizou.

América do Sul

Vários outros líderes também discursaram nesta terça-feira, 8.

Entre eles, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou para a falta de ação dos países nos últimos anos, mesmo com os avanços na ciência climática. “Ainda nos lembramos (da COP2009, em Copenhague, Dinamarca) da brutalidade policial, da repressão nas ruas contra os movimentos sociais e o que aconteceu desde então. Perdemos muito tempo desde então. A cada hora, a cada mês, a cada ano, hesitamos”, enfatizou.

Ainda neste dia, Maduro e o presidente colombiano, Gustavo Petro, propuseram uma grande aliança para salvar a Amazônia.

Relatório aponta investimento necessário para ajudar países em desenvolvimento

Nesta terça, 8, foi divulgado o relatório encomendado pelos governos do Reino Unido e do Egito. 

O documento aponta a necessidade de um investimento de cerca de US$ 2 trilhões, a cada ano, até 2030, para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, bem como lidar com os efeitos da crise climática. 

Assim, a verba servirá para que esses países abandonem os combustíveis fósseis, invistam em energia renovável e outras tecnologias de baixo carbono, além de conseguirem lidar com os impactos climáticos extremos.

Memorandos de entendimento (MoU)

Neste terceiro dia de Cúpula, foram assinados memorandos de entendimento. 

Confira os acordos firmados:

  • Entre Israel e Jordânia: para avançar com um acordo de troca de água por energia limpa;
  • Entre os Emirados Árabes Unidos e do Egito: para desenvolver um dos maiores projetos eólicos terrestres do mundo, com capacidade total de mais de 15 GW.
  • Entre os EUA e países do Oriente Médio: para intercâmbio tecnológico de energias fotovoltaicas (Jordânia) e água potável (fornecida por Israel, pela tecnologia de desalinização.
Foto: John Kerry, secretário dos EUA indicado para coordenar as políticas climáticas da ONU, fechando um MoU com países do Oriente Médio

COP27 3° dia: Inauguração do Brazil Climate Action Hub

Neste terceiro dia da COP27, foi inaugurado o Brazil Climate Action Hub

Criado por organizações da sociedade civil para dar visibilidade à ação climática brasileira, o espaço marca presença no evento desde a COP25, em Madri, Espanha.  

Nesta terça, 8, o evento “Women in Climate Action” (Mulheres na Ação Climática) reuniu lideranças femininas à frente de movimentos jovens, comunidades tradicionais, empresas e sociedade civil.

Painel “Cities: Capabilities and Mindset”

O painel Cities: Capabilities and Mindset” desta terça-feira, 8, abordou a demanda/necessidades das cidades, ou seja, proporcionou um espaço para as cidades levantarem seus desafios com os principais atores do setor privado, público e do terceiro setor.

O painel contou com a participação do prefeito de Niterói, Axel Grael, na Blue Zone – UN Climate Change Global Innovation Hub Pavillon.

Nesse espaço, ocorreu nesta segunda-feira (07), o Painel “Quando os líderes irão liderar?: Criando espaço fiscal e financiamento direcionado para metas climáticas e de saúde. 

Ressaltamos ainda que as políticas ambientais de Minas Gerais também integram a programação da COP27 no Egito. Acesse este link e saiba mais sobre esse assunto.

Foto: Participação do prefeito de Niterói, Axel Grael, na Blue Zone – UN Climate Change Global Innovation Hub Pavillon

Grupo MYR na COP27: Principais pautas da Cúpula

Confira agora o boletim de fechamento do terceiro dia da COP27, com os principais assuntos debatidos, na visão dos nossos diretores Sérgio Myssior e Thiago Metzker:

Retomando o Painel “Boas práticas na ação multinível para o enfrentamento na emergência climática”

Confira abaixo, na nossa cobertura para nossos parceiros, do importante painel de “Boas práticas na ação multinível para o enfrentamento na emergência climática” desta segunda, 07, à noite.

Além de representantes dos EUA, o painel contou com a participação de duas personalidades brasileiras: o prefeito de Niterói, Axel Grael, e a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo.

O prefeito de Niterói apresentou o caso do Parque Orla Piratininga, com soluções baseadas na natureza, por meio da implantação de jardins filtrantes que retiram as impurezas nas águas pluviais que deságuam nessa lagoa urbana.

Já Marília, apresentou algumas ações que estão sendo desenvolvidas pelo Estado de Minas Gerais, como um programa com o objetivo de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa de todos os municípios mineiros. A secretária apresentou também o plano de ação climática, que vai subsidiar diversas políticas e ações do Estado no campo da Sustentabilidade. 

Continue acompanhando nossa cobertura da COP27 por aqui, em nosso blog, e em nosso Instagram.

MYR na Mídia – COP27

Acompanhe aqui as publicações da Myr nas mídias dos nossos parceiros.

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