As cidades regenerativas estão no centro de um debate cada vez mais urgente sobre o futuro urbano. Mais do que reduzir impactos ambientais, elas seguem os princípios do urbanismo regenerativo, buscando restaurar ecossistemas, revitalizar territórios e fortalecer comunidades diante dos efeitos crescentes da mudança do clima.
Essa agenda se conecta diretamente ao Dia Mundial das Cidades, celebrado em 31 de outubro. Criada pela ONU para fomentar reflexões sobre os desafios urbanos, a data em 2025 traz o tema “Cidades inteligentes centradas nas pessoas”, segundo o ONU-Habitat. Dentro desse contexto, as cidades regenerativas se apresentam como modelo capaz de unir inovação, natureza e inclusão social.
Neste blog, você vai entender o que caracteriza uma cidade regenerativa, conhecer exemplos internacionais, refletir sobre soluções para o Brasil e ver como o Grupo MYR já atua nessa transformação.
Acompanhe conosco!
O que são cidades regenerativas?
Uma cidade regenerativa aplica os princípios do urbanismo regenerativo em sua gestão, planejamento e infraestrutura. Não se limita a mitigar impactos ambientais; busca reconciliar-se com a natureza e redesenhar a relação entre sociedade e ecossistemas.
O urbanismo regenerativo propõe soluções para tornar as cidades mais sustentáveis e resilientes frente aos efeitos da mudança do clima, priorizando a restauração e a regeneração dos ecossistemas urbanos.
Esse conceito integra práticas como a recuperação ecológica de rios, a criação de novos espaços públicos, o reaproveitamento de materiais e o uso de energias renováveis, sempre com a participação ativa da comunidade nos projetos.
A doutora em Urbanismo pela UFRJ, Carina Folena Cardoso Paes, em entrevista ao site Metrópoles, explica: “Compreendido como um processo de intervenção urbana direcionado à recomposição da biosfera, o urbanismo regenerativo é um dos temas mais proeminentes para o alcance da resiliência em meios urbanos na atualidade” (Metrópoles).
Princípios centrais de uma cidade regenerativa:
- Restaurar áreas degradadas;
- Revitalizar ecossistemas urbanos;
- Gerar ganhos socioambientais que se perpetuem no tempo.
Leia também: Urbanismo Ecológico: como cidades podem trabalhar com a natureza para enfrentar a crise climática?
Urbanismo que repara: exemplos globais
O conceito de cidade regenerativa já se traduz em experiências concretas ao redor do mundo:
- Cingapura converteu canais de drenagem em parques lineares, unindo controle de cheias, biodiversidade e lazer.
- Amsterdã adotou a economia circular como política oficial, com meta de cortar pela metade o uso de matérias-primas virgens até 2030.
- Melbourne criou corredores verdes e sistemas de captação de água da chuva, reduzindo enchentes e ilhas de calor.
- Copenhague redesenhou Nordhavn, antigo porto industrial, em um bairro de “5 minutos”, integrando moradia, trabalho e mobilidade sustentável.
- Medellín implantou mais de 30 “corredores verdes”, que já reduziram em até 2°C a temperatura em áreas críticas.
Segundo a ONU-Habitat, 55% da população mundial já vive em áreas urbanas. Até 2050, esse número chegará a 68%, ampliando riscos de colapso urbano se novas abordagens não forem adotadas.
Esses casos mostram que a cidade regenerativa não é utopia: é uma estratégia em curso.
Soluções regenerativas para cidades brasileiras
No Brasil, onde vulnerabilidades urbanas se somam a desigualdades sociais, as soluções regenerativas ganham ainda mais relevância:
- Infraestrutura verde: parques urbanos, jardins de chuva e corredores ecológicos para reduzir riscos de enchentes.
- Reuso de água e energia limpa integrados ao tecido urbano.
- Mobilidade sustentável: transporte público de qualidade, ciclovias seguras, incentivo à mobilidade elétrica.
- Espaços públicos inclusivos que promovem justiça climática e integração social.
Em áreas urbanas marcadas pela ocupação sem planejamento — onde faltam infraestrutura, mobilidade e acesso a serviços básicos — a abordagem regenerativa se torna ainda mais estratégica.
Ao restaurar a biodiversidade local, melhorar os serviços ecossistêmicos e fortalecer a resiliência das comunidades, as cidades deixam de apenas conter danos e passam a criar ambientes urbanos verdadeiramente sustentáveis e inclusivos.
Cidades brasileiras que investirem nessa agenda reduzirão vulnerabilidades e, ao mesmo tempo, atrairão investimentos em inovação e resiliência.
Leia também:
Cidades regenerativas: como o Grupo MYR se conecta a esse futuro
O Grupo MYR tem trajetória consolidada em soluções urbanas resilientes e regenerativas:
- Planos de Adaptação Climática, apoiando governos e cidades na redução de riscos.
- O projeto DUS – Desenvolvimento Urbano Sustentável (Cidade Presente), que promove integração urbano-ambiental com foco em inclusão e resiliência.
- Estudos de Impacto de Vizinhança (EIVs) voltados à mobilidade e adaptação climática.
- Inteligência territorial e ESG aplicados ao planejamento urbano.
Essa experiência conecta o Grupo MYR às práticas globais e posiciona o Brasil no caminho das cidades regenerativas.
Saiba mais:
Reparar, revitalizar e regenerar: a nova agenda das cidades
Cidades regenerativas não são mais um ideal distante: são uma necessidade urgente diante da crise climática e do rápido crescimento urbano. O desafio vai além de reduzir impactos. Trata-se de reparar, revitalizar e regenerar territórios e comunidades.
Neste blog, você viu como experiências globais já transformam o conceito em realidade e por que ele é essencial para o futuro urbano no Brasil.
O Grupo MYR está pronto para apoiar governos, empresas e instituições na construção de estratégias de urbanismo regenerativo, alinhadas às demandas internacionais e às oportunidades locais.
Entre em contato e descubra como o Grupo MYR pode apoiar sua cidade ou organização a se preparar para o futuro com estratégias regenerativas de impacto
Leia também:
- Plano de Ação Climática: Estratégias para um Futuro Resiliente
- Planejamento Urbano e Ambiental: 17 passos para a construção de cidades mais sustentáveis e resilientes!
- Mudanças climáticas: Como o Grupo Myr apoia esta luta?
- ESG e Mudanças Climáticas: Compreenda a centralidade da agenda climática – Uma reflexão do Grupo Myr!
- COP30: Financiamento climático e adaptação em foco
- Mobilidade urbana e descarbonização: A união necessária para cidades sustentáveis!
Acompanhe-nos no LinkedIn, Instagram, Facebook, YouTube e Spotify!
