A vida nas cidades pode (e deve) ser mais leve, conectada, próspera e saudável. Repensar o tecido urbano é essencial se quisermos enfrentar os desafios contemporâneos e transformar as cidades em territórios de desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural, reduzindo as desigualdades e estimulando os negócios. “A cidade de 15 minutos representa uma nova abordagem urbana, que visa reinventar o estilo de vida e repensar o relacionamento com o espaço e o tempo”, segundo o renomado urbanista franco-colombiano Carlos Moreno, que acaba de lançar no Brasil o livro “A cidade de 15 minutos – Uma Solução para Salvar nosso Tempo e Nosso Planeta”, publicado pela BEÎ Editora.
Neste blog, explicamos o que é esse modelo urbano, por que ele representa uma transformação relevante no planejamento das cidades e como ele pode beneficiar a vida urbana em múltiplas dimensões.
Acompanhe e fique por dentro!
O que é a Cidade de 15 Minutos?
O conceito da ‘Cidade de 15 Minutos’ defende uma abordagem com propostas concretas para atender aos nossos desafios e melhorar a qualidade de vida nas cidades e comunidades. O objetivo não é desenvolver a cidade, e sim promover a vida na cidade. Dessa forma, Carlos Moreno propõe um novo modelo urbano baseado na proximidade funcional: todos os serviços e atividades essenciais para a vida urbana — moradia, trabalho, saúde, educação, cultura e lazer — devem estar a, no máximo, 15 minutos de distância, preferencialmente a pé ou de bicicleta.
Quatro elementos são fundamentais para uma cidade baseada em curtas distâncias e tempo reduzido de deslocamento: 1-Proximidade; 2-Densidade; 3-Uso Misto e 4-Ubiquidade/Inclusão.
Uma proposta simples e poderosa do autor Carlos Moreno, que também é professor associado do Institut d’Administration des Entreprises (IAE) da Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, pioneiro no campo das cidades inteligentes.
Trata-se de uma reconfiguração estratégica do uso do solo urbano, que busca devolver às cidades o ritmo humano, promover sustentabilidade e fortalecer os laços sociais nos territórios. “É um convite a reinventar o estilo de vida e as práticas urbanas e construir um futuro melhor, tendo no cerne das preocupações a sustentabilidade, a equidade e o bem-estar”, conforme define Moreno (2025).
No livro “A cidade de 15 minutos – Uma Solução para Salvar nosso Tempo e Nosso Planeta”, Moreno detalha como e por que diversas metrópoles ao redor do mundo — como Paris — incorporaram o conceito da cidade de 15 minutos como uma ferramenta poderosa e sustentável de planejamento urbano.
“O livro conta com estratégias e orientações para (re)pensar a cidade. A ideia é reunir moradia, trabalho, saúde, educação, lazer, tudo junto, em inúmeras centralidades, de forma que as necessidades diárias possam ser realizadas com agilidade, eficiência e sustentabilidade. Naturalmente, a diversidade de usos pressupõe também diversidade de renda, o que exige uma transformação relevante na forma como espelhamos a desigualdade no tecido urbano.”
(Sérgio Myssior, diretor do Grupo MYR)
Para saber mais, leia a entrevista recente concedida pelo autor Carlos Moreno à Folha de S. Paulo: “Bairros só residenciais estão ultrapassados”, diz criador da ideia de Cidade de 15 Minutos
Benefícios do conceito da Cidade de 15 Minutos
1. Proximidade como pilar da cidade contemporânea
A lógica da proximidade permite que cada pessoa acesse suas necessidades diárias com facilidade e autonomia. Isso reduz deslocamentos estressantes, economiza tempo, reduz a emissão de gases de efeito estufa e melhora a qualidade de vida.
2. Reencantamento da cidade
Com o fortalecimento da vida nos bairros, há uma revalorização dos espaços públicos, do comércio local e das interações humanas. As ruas voltam a ser vivas, seguras e cheias de sentido.
3. Redução da dependência do automóvel
Quando os deslocamentos de rotina deixam de depender do carro, há uma queda natural nas emissões, no ruído urbano e nos congestionamentos, tornando a cidade mais saudável e eficiente.
4. Descarbonização da mobilidade
A mobilidade ativa (a pé e de bicicleta) assume o protagonismo urbano, integrando ações de planejamento urbano com metas climáticas globais de redução de carbono.
5. Vitalidade urbana e multifuncionalidade dos bairros
Bairros deixam de ter uma função única (como só morar ou só trabalhar) e passam a abrigar diversas atividades, rendas e culturas. Isso incrementa a vitalidade e diversidade dos territórios e melhora a segurança e a economia local.
6. Estímulo à mobilidade ativa
A infraestrutura urbana é repensada para facilitar e incentivar o caminhar e o pedalar, tornando esses modos seguros, confortáveis e desejáveis.
7. Segurança urbana reforçada
A presença constante de pessoas nas ruas cria uma sensação de vigilância comunitária. A vida ativa no espaço público inibe comportamentos de risco e promove segurança.
8. Saúde física e mental
A cidade de 15 minutos estimula práticas mais saudáveis: caminhadas diárias, menos poluição, mais verde. Tudo isso contribui para o bem-estar físico e emocional da população.
9. Combate à solidão urbana
Com mais espaços de convivência e encontros informais, as relações humanas são reforçadas. O modelo favorece o pertencimento e reduz o isolamento social.
10. Fortalecimento da economia local
O comércio e os serviços de bairro ganham destaque, aumentando a circulação econômica dentro da comunidade. Pequenos negócios prosperam com o apoio direto dos moradores.
11. Valorização do tempo e do cotidiano
Menos tempo gasto em deslocamentos significa mais tempo com a família, amigos ou em atividades pessoais. O tempo volta a ser vivido com mais qualidade.
12. Inclusão social e equidade territorial
Ao descentralizar serviços e oportunidades, a cidade se torna mais justa e acessível. Todos os bairros ganham infraestrutura e relevância, reduzindo desigualdades históricas.
13. Cultura e educação acessíveis
A democratização da cultura e da educação se dá com a presença constante desses serviços nos bairros, evitando que apenas os centros concentrem atividades culturais e formativas.
14. Reconexão com a natureza
Parques, praças, rios e áreas verdes passam a fazer parte do cotidiano das pessoas, criando cidades mais frescas, equilibradas e ambientalmente conscientes.
15. Proxiliência: resiliência baseada na proximidade
Cidades que garantem autonomia local e integração funcional entre serviços são mais preparadas para enfrentar crises — sejam elas climáticas, sanitárias ou econômicas.
Leia também: Mobilidade Urbana e Descarbonização: A união necessária para cidades sustentáveis
Cidades melhores começam com soluções inteligentes e sustentáveis
O Grupo MYR atua com estratégias de desenvolvimento urbano integrado e sustentável, apoiando gestores públicos e empreendimentos privados na criação de soluções inovadoras para os desafios urbanos contemporâneos.
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