A união entre mobilidade urbana e descarbonização é essencial para a transição energética, contribuindo para a promoção de cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis, impactando positivamente a qualidade de vida dos seus habitantes.
Afinal, uma das consequências do aumento do tráfego de veículos nos centros urbanos, aliado à fragilidade da política de mobilidade urbana e gestão do território, é a poluição do ar.
E como sabemos, o uso excessivo de combustíveis fósseis contribui para as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), agravando as mudanças climáticas.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o setor de transportes é responsável por cerca de um quarto das emissões globais de CO₂. Ocorre que nas grandes cidades brasileiras transporte se transformou em uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa.
Nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Recife, por exemplo, o setor de transportes já representa mais da metade de toda a emissão de GEE. Isso significa que a descarbonização deste setor é fundamental para o alcance das metas climáticas estabelecidas pelo Acordo de Paris e pelos compromissos assumidos pelo Brasil.
Ou seja, a emissão de gases poluentes também é um dos grandes desafios da mobilidade e logística urbana. E justamente por isso essas temáticas estão interligadas.
Aprofunde seu conhecimento sobre este tema tão relevante, e saiba como a adoção de soluções de mobilidade sustentável pode contribuir para a construção de cidades mais equitativas, eficientes e saudáveis.
Mobilidade urbana e descarbonização: Entenda a relação entre esses temas!
Antes de aprofundarmos na relação entre os temas mobilidade urbana e descarbonização, é importante entender que o transporte é um dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Brasileira.
O Artigo 6º da Constituição Federal de 1988 prevê que o transporte é um direito social, ao lado de outros direitos, como a educação, a saúde, a moradia, a alimentação, o trabalho, a segurança, entre outros.
Além disso, um dos objetivos do transporte é justamente garantir um meio para o acesso dos cidadãos aos demais direitos constitucionais.
Nesse sentido, a publicação “A mobilidade urbana sustentável” da Revista dos Transportes Públicos – ANTP traz uma conexão importante entre a questão dessa temática associada aos direitos fundamentais e o contexto ambiental.
Confira a fala do Diretor de Mobilidade Urbana da Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Renato Boareto:
“A mobilidade urbana não pode ser entendida somente como o número de viagens que uma pessoa consegue realizar durante determinado período, mas a capacidade de fazer as viagens necessárias para a realização dos seus direitos básicos de cidadão, com o menor gasto de energia possível e menor impacto no ambiente, tornando-a ecologicamente sustentável”.
(Renato Boareto, Diretor de Mobilidade Urbana da Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades)
Portanto, essa é uma nova perspectiva de uma mobilidade urbana sustentável e eficiente em que devem ser considerados esses dois aspectos: o menor gasto de energia, ou seja, a energia propriamente dita, de esforço, de custo e de tempo de deslocamento, além do menor impacto ambiental de diversas formas, incluindo a qualidade do ar que respiramos.
Na Live sobre Mobilidade Urbana e Descarbonização, Sérgio Myssior, diretor do Grupo Myr afirma que:
“A mobilidade e o transporte são fundamentais para garantir o bom funcionamento da cidade, do tecido urbano e, principalmente, para impactar positivamente a nossa qualidade de vida. Isso é importante para entendermos como essas temáticas estão interligadas”.
(Sérgio Myssior, Diretor do Grupo Myr)
Questão habitacional
Sérgio destaca ainda que é fundamental estabelecer uma conexão entre a temática dos meios de transporte e a questão habitacional, a fim de promover um planejamento urbano mais equilibrado e integrado, que considere as necessidades da população em termos de moradia e mobilidade.
“Com grande parte da população concentrada na periferia dos municípios, há um desequilíbrio entre o local da moradia e o local das oportunidades, predominantemente localizadas na área central. Esse é um fenômeno que acontece de forma simular em quase todas as nossas capitais brasileiras”.
(Sérgio Myssior, Diretor do Grupo Myr)
Questão climática
Em recente entrevista à TV Folha, a vice-presidente, candidata à presidência do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU) para o período de 2023 a 2028, Thelma Krug, anunciou que já foi acordada a publicação de um relatório especial sobre a mudança do clima em cidades para o próximo ciclo do IPCC.
“As cidades contribuem aproximadamente com 90% das emissões se considerarmos todo o escopo das cidades, inclusive em termos de produção”.
(Thelma Krug, Vice-presidente do IPCC em entrevista à TV Folha)
A seguir, vamos abordar como alcançar a mobilidade sustentável no contexto ambiental.
Afinal, a mudança na mobilidade urbana tem o potencial de trazer diversos benefícios, como a redução da poluição do ar, a descarbonização, a diminuição do tráfego nas ruas e a melhoria da qualidade de vida da população.
Mobilidade urbana e descarbonização: Como alcançar a Sustentabilidade?
Com base em boas práticas para alcançar a mobilidade sustentável no contexto ambiental, podemos destacar os seguintes objetivos:
- Integrar e fortalecer a política de gestão territorial, habitacional, mobilidade e logística urbana, evitando-se o distanciamento entre as funções cotidianas e reduzindo as desigualdades socio-espaciais;
- Investimento em transporte público com uso de energia limpa, como ônibus elétricos ou híbridos e trens movidos a energia renovável;
- Promoção de políticas de desestímulo ao uso de transporte individual, incentivando o uso do transporte coletivo e de modos de transporte sustentáveis, como bicicletas e caminhadas;
- Aumento da qualidade do transporte público, com a melhoria da frota e da infraestrutura, como os sistemas BRTs, visando à redução de emissões de gases poluentes;
- Implantação de sistemas inteligentes para a gestão do tráfego, com o objetivo de reduzir o congestionamento e melhorar a fluidez do trânsito;
- Investimento e melhoria na logística urbana, adequação de veículos de carga, vias e pontos de parada, promovendo a eficiência energética e reduzindo as emissões de gases poluentes;
- Investimento em infraestrutura para pedestres e ciclistas, como calçadas adequadas, ciclovias, segurança em travessias e arborização de vias, incentivando modos de transporte mais sustentáveis e saudáveis;
- Envolver a população em processos participativos de planejamento e implementação de políticas de mobilidade sustentável, identificando as necessidades e demandas da sociedade. Isso aumenta ainda o comprometimento da população com a adoção de medidas efetivas e sustentáveis.
Essas boas práticas podem contribuir significativamente para a descarbonização e para a promoção de cidades mais sustentáveis e saudáveis para seus habitantes.
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Destacamos entre nossos trabalhos recentes, o Plano de Mobilidade Urbana de Vila Velha (ES) e Lagoa Santa (MG), o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste Goiano (GO), além de inúmeros Planos Diretores, bem como a assessoria às empresas na transição de baixo carbono.
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Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você! Para se aprofundar neste tema, não deixe de assistir à Live sobre Mobilidade Urbana e Descarbonização, com a participação do nosso diretor, Sérgio Myssior.
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