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Urgência no Financiamento Climático pautado pela COP 29 concorre com o protagonismo brasileiro em ações para erradicar fome e pobreza no G20

A COP 29, que reúne cerca de 200 países em Baku, no Azerbaijão, em torno de soluções para o mundo lidar com as consequências das mudanças climáticas, abriu a segunda semana de discussões com a pressão para se chegar a um valor para o financiamento climático até sexta-feira (22), quando o evento chega ao fim. Mesmo geograficamente bastante distantes um do outro, o encontro da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, que reúne os líderes das economias globais, pode influenciar a COP do clima.

O tema do dia em Baku foi pautado em desenvolvimento humano, crianças e jovens, saúde e educação. Do lado de cá do Hemisfério Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu o encontro do G20 lançando um desafio relevante: fazer com que todos os participantes assinem o compromisso pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, puxando mais uma vez o protagonismo frente às demais nações – na semana passada, o Brasil foi o segundo país a apresentar oficialmente suas NDCs, as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa no Azerbaijão.

Até o fim da tarde desta segunda-feira (18), a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tinha a adesão de 82 países; da União Europeia e da União Africana; além de 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.

“A proposta foi idealizada pelo Brasil com o objetivo de acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), e que estão intrinsecamente ligadas à justiça ambiental e social”, avalia o arquiteto e urbanista Sérgio Myssior, que participa no Azerbaijão da COP 29, ao lado do biólogo Thiago Metzker. Eles são sócios do Grupo MYR, Soluções ESG e estão no evento como observadores internacionais.

🎥Portal O Tempo – Brasil pode destravar negociações globais do clima com reunião do G20

 

Miséria X impacto ambiental: as duas realidades andam juntas

No Brasil, crianças e adolescentes são, proporcionalmente, os mais afetados pela miséria. Em 2019, em comparação com a população de adultos, era quase o dobro a probabilidade de uma criança viver com renda abaixo da linha da pobreza (IBGE, 2019), segundo dados do Índice de Risco Climático das Crianças (Unicef, 2021). Essa parcela da população também é bastante afetada pelas mudanças climáticas: em todo o mundo, passa de 2 bilhões o número de crianças expostas a mais de um risco, choque ou estresse climático/ambiental. No caso do Brasil, mais de 8,6 milhões de meninas e meninos estão expostos ao risco de falta de água; e mais de 7,3 milhões estão expostos aos riscos decorrentes de enchentes de rios.

Segundo o Unicef, além da pobreza, crianças e adolescentes estão submetidos a situações de marginalização social, econômica, cultural, política, e/ou institucional, estando especialmente vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.

“No contexto das mitigações do clima, crianças e jovens fazem parte de um grupo mais vulnerável e, durante uma catástrofe, são quem mais precisa de cuidados e atenção imediata, diante do estresse físico e mental que eles apresentam em casos extremos ”, avalia Metzker. (Com informações de Agência Brasil)

 

Financiamento não é caridade, é obrigação

Uma das grandes discussões nos bastidores da COP 29 – e expectativa – que ocorrem no Azerbaijão, é que o acordo seja firmado fora do âmbito dos combustíveis fósseis. Negociadores europeus e dos Estados Unidos veem a reafirmação dos compromissos acordados no ano passado, incluindo o aumento da eficiência e a implantação de energia renovável, como essencial para evitar retrocessos na luta climática.

Myssior e Metzker lembram as falas da secretária brasileira Nacional do Clima, Ana Toni, que reforçou que o Brasil tem a ambição de mitigação e de adaptação, mas precisa ter uma sinalização dos países desenvolvidos para que possa colocar essa ambição em prática e poder se comprometer com os programas e projetos que têm criado.

Segundo Metzker, um aspecto percebido na COP 29 foi de que “a conta também está sendo direcionada para o setor privado, que está sendo cobrado a se envolver, a participar do financiamento. Quem sabe até no famigerado montante de US$ 1 trilhão, porque não há dinheiro público que dê conta dessa demanda da adaptação”, questiona.

“Outra análise que fizemos na semana passada e pode se consolidar via reunião do G20 é justamente a sinalização da China em se aproximar dos países subdesenvolvidos, colocando como prioridade de agenda o financiamento, mesmo que de forma voluntária”, aponta Metzker. Lembrando que o financiamento climático é obrigatório dentro do princípio do pagador poluidor – onde os países desenvolvidos devem pagar para os que estão em desenvolvimento se adaptarem. “O aspecto voluntário pode coexistir, desde que seja adicional aos compromissos já assumidos”, complementa o biólogo.

🎥 Jornal O Tempo – Entrevista exclusiva com Ana Toni, Secretária Nacional da Mudança do Clima

 

Noruega anuncia doação para o Fundo Amazônia

No domingo (17), o Fundo Amazônia recebeu dois aportes relevantes: um total de US$ 110 milhões, sendo US$ 60 milhões da Noruega e US$ 50 milhões dos Estados Unidos (este valor, ainda sujeito a ser aprovado no Congresso americano em 2025, já sob administração de Donald Trump, conhecido por ser um negacionista do clima). Os anúncios foram feitos pelo primeiro-ministro noruguês, Jonas Gahr Store, no domingo (17), durante a Conferência Global Citizen Now, no Rio de Janeiro; e pelo presidente dos EUA, Joe Biden. Ambos estão no Brasil para a cúpula do G20. O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

 

Participação do Grupo MYR neste dia:

🎥 Jornal O Tempo – COP29 Helder Barbalho diz que frear o desmatamento já não é mais suficiente

🎥Jornal O Tempo – COP29 Ibama e governo do Pará apresentam propostas do Brasil

🎥Jornal O Tempo -Presidente do Ibama diz que foi feito esforço muito grande para reduzir o desmatamento

🎥Jornal O Tempo – COP29 Brasil apresenta metas de redução de emissões de gases do efeito estufa

🎥Jornal O Tempo – COP29 Balanço e expectativa para os próximos dias

🎥Portal O Tempo – Investimentos contribuem para o clima

🎥Portal O Tempo – COP29: no limite da ação climática

 

Jornada Rumo à COP30 é com o Grupo MYR!

Aqui no Grupo MYR, estamos comprometidos com a agenda global de mudanças climáticas

Por isso, nossos diretores, Sérgio Myssior e Thiago Metzker, marcam presença ativa nas conferências climáticas da ONU desde a COP26, e já estão no Azerbaijão como observadores internacionais da ONU, produzindo conteúdo analítico sobre o evento, e participando de paineis e debates, que ocorrem simultaneamente às negociações entre os 198 países.

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Nosso grupo é especializado em soluções ESG de classe mundial e está comprometido em apoiar essa transição para cidades de baixo carbono, assim como na jornada de descarbonização nas empresas.

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