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Brasil Age De Forma Positiva na Primeira Semana da Cop 29 e Pode, com Reunião Do G20, Destravar Negociações Globais

No sexto dia da COP 29, após uma semana de discussões, debates e poucos sinais sobre o acordo esperado de valores do financiamento necessário para mitigar os efeitos das mudanças climáticas no mundo, o biólogo Thiago Metzker e o urbanista Sérgio Myssior, sócios do Grupo MYR Soluções em ESG e observadores internacionais no evento que ocorre no Azerbaijão até dia 22,  avaliam como positiva a entrega pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa. 

A ministra voltou ao Brasil para abrir a reunião da Cúpula do G20, na segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, e pode retornar ao Azerbaijão para o acordo final. “Esta, inclusive, é uma grande expectativa dos chefes de delegações de 198 países que continuam até dia 22, em Baku: de que as presenças do presidente norte-americano, Joe Biden, e do líder chinês, Xi Jinping, no G20, impulsionem um destravamento nas negociações climáticas da COP 29. Foi um movimento importante do Brasil neste grande tabuleiro global de interesses”, avalia Metzker.

Na visão de Myssior, a expectativa pelo aumento da ambição, especialmente sobre o financiamento climático, foi um pouco frustrante, mas o cenário ainda pode mudar, afinal, faltam alguns dias para o fim da conferência. E, normalmente, o acordo financeiro fica para o apagar das luzes mesmo, a exemplo de outras edições da Conferência das Partes.

Metzker demonstrou um grau de otimismo maior. “Vimos os números sobre a mesa esta semana – o antigo valor de US$100 bilhões chegou a US$200 bilhões e até US$ 1 trilhão. Diante deste cenário, acredito que ainda tem muita COP na próxima semana para podermos analisar e sentir qual vai ser a temperatura do financiamento”, acrescenta.

Fracionamento das COPs em eventos periódicos – Para o urbanista Sérgio Myssior, outro ganho da primeira semana da COP 29 foi justamente assistir aos debates com diversos especialistas sobre projetos que estão sendo desenvolvidos globalmente e a defesa deles de que haja uma espécie de fracionamento da COP – ou seja, um maior número de reuniões periódicas – e que, ao longo desses encontros, os grandes temas sejam resolvidos e, na conferência global, sejam apenas deliberados.

“Estamos diante de uma emergência que já afeta o cotidiano das economias,  das pessoas, das cidades e de todos os territórios. Essa agilidade nas negociações seria fundamental para de fato as nações avançarem no enfrentamento das mudanças climáticas”, pontua.

E SE O ESTADO CRIAR UMA “COP MINAS” PARA DEBATER PROJETOS PARA A COP 30, EM 2025? 

Na propositura de enxergar luz no fim do túnel e incentivar debates locais e regionais para avançar com uma apresentação consolidada de projetos futuros, o biólogo Thiago Metzker aventou a possibilidade de Minas Gerais desenvolver uma “COP Minas”, reunindo todos os atores necessários para levar projetos inovadores para a chamada “COP da Floresta”, a ser realizada em 2025, em Belém (PA).

“Imagine Minas Gerais lançar essa reunião, a COP Minas, trazendo os setores público e privado, a sociedade civil organizada e os grupos mais vulneráveis, para apresentar um posicionamento consolidado na COP 30? Belo Horizonte assistiu, nesta semana, a pelo menos dois eventos climáticos decorrentes das chuvas torrenciais que atingiram a capital – o rompimento do reservatório da Lagoa do Nado e uma enxurrada forte, com alagamentos, na região de Venda Nova. Não podemos esperar até a COP 35 para resolver esses problemas; acho importante realizar a COP Minas e levar propostas relevantes para a COP da Floresta, ano que vem”, conclui. 

ENTREVISTA

Luiz Gabriel Azevedo, diretor geral de Estratégia do BID Invest, braço de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento

🎥Entrevista com Gabriel Azevedo – BID Invest

“Queremos destacar o valor do impacto, ou seja, como os investimentos contribuem para o clima e para transformar a vida das pessoas”, diz diretor do BID Invest, Gabriel Azevedo

Diretamente da COP 29, no Azerbaijão, o arquiteto e urbanista Sérgio Myssior, do Grupo MYR Soluções em ESG, conversou com o diretor geral de Estratégia do BID Invest, braço de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Gabriel Azevedo, sobre investimentos no Brasil. Em junho passado, o BID Invest promoveu em Manaus (AM), a Sustainability Week, que integra iniciativa do banco em movimentar US$ 102 bilhões em investimentos para infraestrutura e adaptação climática na América Latina, até 2030. O desafio central, disse Azevedo na ocasião, é identificar projetos alinhados às expectativas dos investidores.

Qual tem sido o trabalho do BID Invest nos projetos de desenvolvimento sustentável em nosso país?

O BID Invest é um grupo que financia o setor privado e, nesse sentido, temos atuado, por exemplo, na área de mercado capitais, dos bonds temáticos, as green bonds, blue bonds (são títulos verdes, instrumentos financeiros de dívida, emitidos por entidades públicas ou privadas, para captar recursos e financiar projetos que, de alguma forma, representem um benefício ambiental, por exemplo). O BID Invest já estruturou cerca de 45 delas, em 13 países e, na área específica apresentada na COP, a concessão florestal, uma iniciativa que está sendo desenvolvida pelo Governo do Pará

Como o BID Invest atua?

Trabalhamos com parcerias público-privadas, com clientes, países e com estados, na estruturação de projetos que possam ser atrativos para investimentos privados. 

Quais são as orientações no campo ESG que têm determinado os principais investimentos para que os projetos atendam a esses critérios?

Isso está no cerne de tudo o que fazemos. Diria até que a evolução dessa questão já ultrapassa os critérios de ESG – eles são o piso mínimo para você começar a conversar se um projeto atende ou não aos critérios do BID ou do BID Invest, que estão entre as políticas mais avançadas no cenário internacional.

Como o BID Invest vê a importância das temáticas de salvaguarda ambiental e o que os projetos precisam apresentar para estarem mais aderentes aos critérios de financiamento, em uma operação que possa envolver uma instituição multilateral?

Hoje, o que falamos, além dos aspectos de salvaguarda ambiental, é sobre o impacto que os nossos investimentos estão gerando. Acho que o grupo BID e o BID Invest querem destacar o valor do impacto, ou seja, como esses investimentos contribuem para o clima, como transformam a vida das pessoas, como melhoram a qualidade de vida, como promovem a inclusão e reduzem a pobreza. 

Então, é muito mais do que falar em volume de recursos ou dólar, temos que focar no impacto gerado pelos investimentos. E é isso o que ouvimos atualmente dos investidores internacionais que nos procuram e trabalham com o BID Invest. Porque eles buscam a credibilidade que uma instituição como a nossa traz, tanto em relação aos critérios ESG, quanto em relação ao impacto que o investimento gera.

Participação do Grupo MYR neste dia:

🎥Jornal O Tempo – Governo do Pará, que vai sediar a COP30 em 2025, lança projeto de bioeconomia da Amazônia

🎥 Jornal O Tempo – Ibama avança em ações que buscam passar a limpo problemas como desmatamento

🎥 TV Rede Minas – COP 29: Confira o que é destaque direto de Baku, no Azerbaijão

🎥 TV Rede Minas – COP 29: Foco dos debates é no financiamento climático

🎥 Jornal O Tempo – Entrevista exclusiva com Ana Toni, Secretária Nacional da Mudança do Clima

Diálogos da COP: Veja o boletim do Grupo Myr no 6º dia na COP29

Jornada Rumo à COP30 é com o Grupo MYR!

Aqui no Grupo MYR, estamos comprometidos com a agenda global de mudanças climáticas

Por isso, nossos diretores, Sérgio Myssior e Thiago Metzker, marcam presença ativa nas conferências climáticas da ONU desde a COP26, e já estão no Azerbaijão como observadores internacionais da ONU, produzindo conteúdo analítico sobre o evento, e participando de paineis e debates, que ocorrem simultaneamente às negociações entre os 198 países.

Junte-se a nós nesta missão por um futuro sustentável e pela transformação climática!

Nosso grupo é especializado em soluções ESG de classe mundial e está comprometido em apoiar essa transição para cidades de baixo carbono, assim como na jornada de descarbonização nas empresas.

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