O aquecimento global já é uma realidade cada vez mais preocupante e enfrentá-lo é uma questão urgente, que exige um compromisso global para a redução das emissões de gases de efeito estufa, a aceleração da transição energética, a preservação ambiental e a adoção de um modelo de desenvolvimento sustentável.
Diante desse cenário, a perspectiva de desenvolvimento econômico com baixo impacto ambiental e foco na inclusão social está crescendo no mundo, por meio de conceitos como a bioeconomia.
O Brasil, que hospeda a maior parte da Floresta Amazônica, enfrenta uma dupla responsabilidade e uma oportunidade única!
Afinal, a região amazônica desempenha um papel crucial na manutenção da biodiversidade global e na regulação do clima. Ela representa um ativo valioso para o nosso País quando adotamos uma abordagem equilibrada, conciliando o progresso socioeconômico com a preservação ambiental.
Contudo, essa riqueza pode rapidamente se transformar em passivo, caso não tomemos medidas eficazes para conter a sua degradação e destruição.
É nesse contexto que surgiu o programa Amazônia 4.0, um programa audacioso e inovador de desenvolvimento sustentável para a Amazônia brasileira.
Neste blog, você vai entender como esse programa alinha-se com os fundamentais princípios de desenvolvimento sustentável e explora a intersecção entre avanços tecnológicos, preservação ambiental e benefícios sociais, em consonância com as agendas globais de combate às mudanças climáticas e promoção da economia verde.
Acompanhe e aprofunde-se nessa iniciativa transformadora!
Amazônia 4.0: Entenda o que é!
Liderado pelo renomado cientista e climatologista Carlos Afonso Nobre, mundialmente conhecido, o Amazônia 4.0 é um programa de desenvolvimento sustentável para a Amazônia brasileira.
Ainda em fase inicial, o programa visa promover o crescimento econômico e o bem-estar social da região, enquanto protege o meio ambiente.
Essa iniciativa ambiciosa e inovadora foi concebida com o objetivo de explorar novas oportunidades em pesquisa, tecnologia e educação, buscando valorizar e preservar os ecossistemas da região amazônica.
Além disso, visa beneficiar igualmente as comunidades locais, incluindo povos indígenas e tradicionais, que desempenham um papel crucial na manutenção desses ecossistemas.
Objetivos do programa
Resumidamente, os objetivos do grandioso projeto Amazônia 4.0 são:
- Criar alternativas inéditas para reduzir o desmatamento na Amazônia;
- Desenvolver a maior bioeconomia para o mundo.
Bioeconomia
O foco é promover o desenvolvimento de uma bioeconomia ou economia verde, ambientalmente responsável, justa e socialmente inclusiva, com um forte enfoque na biodiversidade.
Isso é alcançado ao aproveitar o valor intrínseco da natureza, promovendo a produção de produtos sustentáveis provenientes das florestas tropicais em pé, ao lado de rios que fluem em harmonia.
Ou seja, a essência desse campo reside na utilização sustentável de recursos e na substituição de produtos poluentes por alternativas limpas e amigas do meio ambiente.
Alguns exemplos são:
- Biofármacos,
- Biocombustíveis e
- Produtos biodegradáveis
Assim, o programa Amazônia 4.0 visa agregar valor aos produtos provenientes da floresta, criando assim uma economia mais robusta e sustentável.
Economia Circular
O Amazônia 4.0 também está alinhado com o conceito de economia circular, que visa estender a vida útil de produtos e serviços, substituindo o descarte por novos usos. Isso funciona de maneira semelhante à reciclagem.
Instituto de Tecnologia da Amazônia (AmMIT)
Para que tudo isso se torne uma realidade, um dos componentes fundamentais da Amazônia 4.0 é a criação do Instituto de Tecnologia da Amazônia (AmMIT).
O AmMIT é organizado em cinco eixos de pesquisa e desenvolvimento:
- Águas da Amazônia;
- Florestas e sociobiodiversidade;
- Paisagens alteradas;
- Infraestrutura sustentável e
- Amazônia urbana.
Essas áreas orientarão a nova bioeconomia, buscando soluções inovadoras e sustentáveis para a região.
Ou seja, o Instituto Amazônia 4.0 desenvolve tecnologias e métodos avançados para a transformação de insumos amazônicos em produtos de alto valor agregado, impulsionando o crescimento de uma bioindústria poderosa.
Além disso, o instituto busca capacitar as comunidades locais e criar alternativas essenciais para enfrentar o desmatamento.
Essa abordagem combina saberes tradicionais com os avanços da ciência e da indústria 4.0, implementados por meio dos Laboratórios Criativos da Amazônia (LCAs), que são as biofábricas móveis desta iniciativa.
Veja um exemplo de como isso ocorre na prática:
A proposta é que investidores privados financiem biofábricas avançadas em áreas urbanas e rurais da Amazônia, focando na criação de produtos de alto valor a partir de recursos naturais, sem danos à floresta, beneficiando os investidores e impulsionando a economia local.
Imagine a operação de uma fábrica que utiliza tecnologia de ponta para, a partir de matérias-primas extraídas por comunidades locais, como o açaí, criar subprodutos de alto valor agregado, os quais podem ser comercializados a preços superiores aos da matéria-prima original.
É exatamente por essa razão que o projeto adotou o nome “Amazônia 4.0”. A ideia é integrar as inovações da 4ª Revolução Industrial (Indústria 4.0) na região amazônica, impulsionando assim o desenvolvimento sustentável.
Amazônia 4.0: Acompanhe a entrevista do cientista e climatologista Carlos Nobre para o ESG Talk!
Em uma recente entrevista exclusiva, os diretores do Grupo Myr, Sergio Myssior e Thiago Metzker, tiveram um bate-papo enriquecedor com o cientista e climatologias Carlos Afonso Nobre no programa ESG Talk: Temporada “Diálogos do Clima”.
Na 1ª parte da entrevista, além de detalhar a projeta do Amazônia 4.0, Carlos Nobre, que há 40 anos dedica sua vida à Amazônia, abordou:
- A importância crucial da Amazônia para o nosso planeta;
- O desmatamento e a degradação afetam o clima em toda a região sul da Amazônia com impactos significativos para o clima global e, especialmente, para a América do Sul.
- A temática da bioeconomia, ressaltando a importância de incorporar dimensões relacionadas à qualidade de vida, desenvolvimento social e bem-estar como indicadores
- A relevância das cadeias produtivas que valorizem a cultura e o conhecimento local, especialmente das comunidades indígenas.
Assista agora mesmo a este episódio do ESG Talk em nosso canal do YouTube.
Já na 2ª parte da entrevista, o cientista fez reflexões importantes sobre o direcionamento de recursos no meio financeiro global para a nova economia e a sustentabilidade da emergência climática. E ainda: abordou a importância das energias renováveis e da agricultura regenerativa. Clique aqui e veja agora a 2ª parte da entrevista!
Durante o bate-papo, Carlos Nobre compartilhou ainda sua experiência na COP27, realizada em 2022, no Egito, onde foi apresentado o Projeto Arcos da Restauração Florestal, também liderado por ele.
Na ocasião, nossos diretores também tiveram a oportunidade de acompanhá-lo na Cúpula do Clima e entrevistá-lo diretamente de Sharm El-Sheikh. Nesta entrevista, Carlos Nobre abordou sobre o conceito de perdas e danos discutido na COP27. Acesse e confira!
Cúpula da Amazônia
Como vimos, a preservação da Amazônia é essencial para a resiliência dos ecossistemas, a manutenção da biodiversidade e a sustentabilidade do nosso planeta!
Realizada em agosto de 2023, em Belém (PA), a Cúpula da Amazônia reuniu chefes de Estado dos oito países amazônicos para discutir a preservação da floresta, o combate ao desmatamento ilegal e financiamento externo para o desenvolvimento sustentável na região.
No entanto, na Declaração de Belém, principal documento desse encontro, não houve consenso sobre duas importantes pautas: meta de desmatamento zero para a região e o fim da exploração de petróleo na Amazônia. Leia a declaração na integrada nesta reportagem da CNN Brasil.
A expectativa agora é para a COP 30, 2025, em Belém (PA)! Daqui a dois anos, a capital paraense também sediará a Cúpula do Clima da ONU, o principal evento global para debater as mudanças climáticas.
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste Goiano – Conheça a atuação do Grupo Myr!
Agora você vai descobrir como a metodologia de Desenvolvimento Sustentável, citada por Carlos Afonso Nobre, está sendo aplicada em um importante projeto, com a participação do Grupo Myr, levando instrumentos e caminhos para a prosperidade e incluindo os povos originários.
O Grupo Myr foi contratado para participar de um importante Programa de Desenvolvimento Sustentável de Goiás, cujo objetivo é desenvolver e implementar um Plano de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Nordeste Goiano, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, do Governo do Estado de Goiás.
Transformação da região
Esse programa busca transformar a região, consolidando-a como um polo de oportunidades e inclusão por meio da inovação, do conhecimento e do desenvolvimento sustentável, abrangendo aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos.
Elaboração do plano estratégico
As propostas foram elaboradas com base na percepção de especialistas sobre as cidades-alvo, após visita técnica à região e interação com o público. A equipe responsável, composta por arquitetos, urbanistas, geógrafos, biólogos e especialistas de diversas áreas, realizou o reconhecimento territorial de cada cidade, caracterizando seus atributos materiais e imateriais. Isso subsidiou a elaboração do Plano de Transformação, Revitalização e Valorização Urbanística do Nordeste Goiano.
Inicialmente, foram selecionadas 9 cidades para a primeira etapa do Programa. A estratégia engloba a visão, dimensões e objetivos convergentes para a criação de metas e ações integradas no território, com a principal motivação sendo a valorização das características locais e regionais, reforçando a percepção de seus potenciais e contribuindo para a identidade da paisagem.
Valorização da identidade local
A promoção das manifestações socioculturais, do protagonismo natural e do desenvolvimento sustentável, em parceria com outros projetos do Programa, evidencia a natureza genuína de uma proposta positiva de ressignificação, baseada na apropriação, empoderamento e articulação regional.
A construção de um escopo qualitativo e coerente garante a confiabilidade na determinação futura dos projetos estruturantes e demais produtos, incentivando a existência de mais oportunidades no território, de maneira igualitária, conjunta e articulada, além de viabilizar uma gestão contínua e sustentável da região.
Dimensões Estratégicas e promoção da Sustentabilidade Regional
As Dimensões Estratégicas para o desenvolvimento do Plano de Transformação, Revitalização e Valorização Urbanística do Nordeste Goiano ocorrem a nível local, mas estão relacionadas ao âmbito regional do Programa.
Com foco na humanização urbanística sob diferentes perspectivas, a construção das estratégias busca principalmente potencializar a interpretação da paisagem, com a criação de objetivos específicos, metas e indicadores próprios.
Essas dimensões são:
- Dimensão de Apropriação:
- Dimensão Paisagística e
- Dimensão de Mobilidade e Acessibilidade.
É importante ressaltar que essas dimensões se entrelaçam e desempenham papéis importantes no desenvolvimento da paisagem, o que pode favorecer ainda mais as relações de desenvolvimento na região.
Agora que você já conhece o nosso trabalho nessa área, conte com o Grupo Myr! Somos uma empresa de soluções ESG de classe mundial, pronta para auxiliar a sua empresa a percorrer o caminho da sustentabilidade.
Entre em contato conosco e descubra como podemos impulsionar o sucesso do seu negócio!
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